Grupos pedem redução de pena para detentos que estudam

A histórica falta de organização da educação em presídios no País impulsionou um movimento recente da sociedade civil

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Por Agencia Estado
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Na Penitenciária Feminina da Capital se escolhe entre comer, tomar banho ou estudar. As três coisas acontecem diariamente no mesmo horário, entre 16 horas e 20 horas. Quem faz questão de freqüentar a escola tem como opções lavar-se com água de balde e jantar comida fria à noite - caso a companheira de cela concorde em pegar uma marmita a mais. A histórica falta de organização da educação em presídios no País impulsionou um movimento recente da sociedade civil. No mês passado, mais de cem entidades educacionais e de direitos humanos foram a Brasília exigir que projetos de lei pedindo a diminuição da pena pelo estudo - hoje isso só ocorre quando o preso trabalha - fossem debatidos. Os governos também começam a se mexer. O Ministério da Educação (MEC) prepara diretrizes para a educação carcerária e, em São Paulo, está em construção um projeto articulado com a secretaria da educação para escolas de presídios. Há um certo consenso no País de que é preciso fazer mais pela educação dos 361,4 mil presos brasileiros. Hoje, se há escola, como ocorre na Penitenciária Feminina da Capital, ela é mantida graças à boa vontade e à sensibilidade de educadores destacados para cuidar do local.

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