Grevistas impedem acesso à creche da USP

Outra creche do câmpus não funciona desde o início da paralisação, no dia 5 de maio, por causa de piquetes

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Por AE
Atualização:

SÃO PAULO - Funcionários em greve da Universidade de São Paulo (USP), comandados pelo Sindicato dos Trabalhadores (Sintusp), impediram na última segunda-feira, 28, a entrada de alunos e professores na creche central da Cidade Universitária. A outra creche do câmpus não funciona desde o início da paralisação, no dia 5 de maio, por causa de piquetes. Para pressionar por maior reajuste salarial (a categoria teve 6,57% em maio, 6 pontos porcentuais a menos que o recebido pelos professores), sindicalistas já bloquearam o prédio principal da Escola de Comunicações e Artes (ECA), ocuparam a reitoria e fecharam por duas horas, no dia 17, o portão principal da Cidade Universitária. Desde 26 de maio, a reitoria tem um mandado de reintegração de posse, que ainda não foi usado. O Sintusp ameaça fechar amanhã o Centro de Computação Eletrônica (CCE), que funciona normalmente, caso suas reivindicações não sejam atendidas em uma nova reunião com representantes da reitoria. O CCE é responsável pelo processamento das informações da USP, como a folha de pagamento dos servidores e a matrícula dos alunos. Na última segunda, para impedir o acesso à creche, o sindicato pendurou faixas em todas as entradas. Os grevistas justificaram a interdição como represália à suspensão do salário dos grevistas. "Se a universidade reconhece o direito de greve, não pode cortar o ponto", disse Marcelo Santos, coordenador do movimento.A pedido da reitoria da USP, a Polícia Militar (PM) deslocou ontem pela manhã viaturas para proteger o CCE. Segundo a assessoria de imprensa da PM, viaturas foram mobilizadas porque cerca de 150 pessoas faziam uma manifestação pacífica na região. O órgão não informou o número de soldados que participaram da diligência.De acordo com Anibal Cavali, diretor do Sintusp, as viaturas da chegaram à USP por volta das 5 horas. "Não sei porque a polícia estava aqui hoje (ontem)", disse. "Já decidimos que vamos fazer piquete no prédio do CCE na quarta-feira, caso nossas expectativas não sejam atendidas na reunião." As informações são do Jornal da Tarde.

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