08 de junho de 2010 | 19h31
Porta no prédio da reitoria foi arrancada a golpes de marretas
Os servidores grevistas da Universidade de São Paulo (USP) invadiram e ocuparam o prédio da reitoria da instituição nesta terça-feira. Para entrar no edifício, usaram ferramentas como marretas e picaretas. Quebraram portas, vidraças e destruíram parte de uma parede. A ação teve a ajuda de estudantes, que usaram máscaras e lenços para impedir ou dificultar a identificação.
A invasão ocorreu por volta de 10 horas, mas apenas um pequeno grupo entrou. Após um impasse que durou pouco mais de 30 minutos, a maioria dos manifestantes - cerca de 150 pessoas - aderiu à ocupação e decidiu, em assembleia, mantê-la por tempo indeterminado.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a "radicalização do movimento" tem o objetivo de pressionar o reitor João Grandino Rodas pela reabertura das negociações e protestar contra o desconto dos dias não trabalhados nos salários de cerca de mil funcionários.
Em nota, a reitoria da USP diz "lamentar" o que chamou de "invasão violenta". "Manifestantes portando ferramentas pesadas utilizadas em demolição vandalizaram as instalações do edifício e consumaram a invasão com a expulsão truculenta da Guarda Universitária", diz o texto, que também fala na possibilidade de colocar em prática "medidas legais".
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