Grevistas da USP invadem e ocupam prédio da reitoria

Cerca de dez manifestantes quebraram porta de vidro e estão dentro do edifício

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Por Paulo Saldaña
Atualização:

Cerca de dez funcionários grevistas da Universidade de São Paulo (USP) invadiram e ocuparam há pouco o prédio da reitoria da instituição. Eles usaram uma machadinha para quebrar uma porta de vidro localizada na parte de trás do edifício e entraram pela garagem. Estudantes usando capuzes - para dificultar a identificação - também estão entre os manifestantes.

 

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O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) convocou um ato para a manhã desta terça-feira prometendo a "radicalização do movimento". Paralisados há 35 dias, os servidores pressionam o reitor da USP, João Grandino Rodas, pela reabertura das negociações.

 

A assembleia começou com duas horas de atraso e conta com a participação de cerca de 200 pessoas. Do lado de fora da reitoria, dirigentes do sindicato usam um carro de som para falar aos manifestantes. Eles veem "violência" na atitude do reitor, que ordenou o desconto dos dias não trabalhados nos salários de cerca de mil funcionários da USP.

 

Negociação

 

Os funcionários da USP, Unicamp e Unesp estão em greve porque, segundo eles, o governo "quebrou a isonomia" ao ter reajustado em 6% os salários dos docentes, sem estender o aumento aos servidores.

 

Após o início da paralisação, o Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) deu aumento de 6,57% aos servidores técnicos e administrativos, mas o professores também receberam o reajuste. Desde então, estão suspensas as negociações com o Fórum das Seis, entidade que reúne os sindicatos de funcionários e professores das três universidades e do Centro Paula Souza.

 

O presidente do Cruesp e reitor da Unicamp, Fernando Costa, afirmou ao Estado que a entidade não tem como dar mais de 6,57% de aumento. Para ele, a isonomia não foi quebrada, pois a igualdade de reajustes dá-se entre as três universidades, mas não necessariamente entre as categorias.

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