Funcionários grevistas da Universidade de São Paulo (USP) acabam de fechar a rua Itapeva, na região da avenida Paulista, em protesto por reajuste salarial. O grupo está no local desde as 14 horas, com carro de som e faixas de protesto.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ainda não há reflexos negativos no trânsito da região. A Polícia Militar estima a presença de 500 a 800 pessoas. Caso a manifestação dure até o fim da tarde, a PM estuda liberar a rua. Por enquanto, não houve registro de violência.
O ato foi marcado por causa da primeira rodada de negociações entre o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e o Fórum das Seis (integrado por entidades representativas da USP, Unesp, Unicamp e Centro Paula Souza), que ocorre nesta tarde na Itapeva, número 26 - sede do Cruesp. A categoria pede 6% de reajuste, para se equiparar ao que já foi dado aos professores da USP, aumento salarial e mais R$ 200 incorporados ao salário-base.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) afirma que "a greve deve se expandir, com a entrada da Unicamp e Unesp" e que, se houver problemas no trânsito da região, deve ser "de total responsabilidade dos reitores".
"Como já conhecemos bem o Cruesp, é bem provável que amanhã eles façam uma proposta aquém do que precisamos", afirmou o diretor do Sintusp Anibal Cavali. Segundo estimativa de Cavali, metade dos funcionários aderiu à greve.
Na semana passada, a Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP foi fechado pelo grevistas. "Não há prédio que não possa ser trancado nem reitoria que não podemos ocupar". O fechamento, com cadeado, da unidade gerou polêmica entre alunos e uma carta aberta da direção foi divulgada, negando estar em greve.