A integrante do Centro Acadêmico Benevides Paixão, Gabriela Moncau, de 21 anos, conta que os professores enviaram uma carta à reitoria na semana retrasada, fazendo as reivindicações. Eles esperavam ser atendidos no último Conselho Administrativo (Consad), na sexta-feira. “Como o conselho não atendeu aos pedidos, os professores resolveram entrar em greve”, conta Gabriela..
Na segunda-feira, os estudantes se organizaram em assembleia para votar sobre a paralisação. Os votos a favor foram quase a totalidade, segundo a integrante do CA. “A reitoria acabou nos procurando para uma reunião, que deve ser hoje à tarde, com representantes dos professores e dos alunos”, diz Gabriela. “Vamos ver o que vão nos apresentar e vamos levar para todos os estudantes avaliarem”.
De acordo com o coordenador do curso, o professor Urbano Nobre Nojosa, o reitor concorda com a implementação da agência, mas no conselho admnistrativo ele seria voto vencido. O conselho é formado por dois padres da Fundação São Paulo, além do reitor.
“Eu, no começo fui contra, porque perderíamos aulas, mas é uma luta longa já, e acabei cedendo à greve”, conta o aluno do segundo ano, Rafael Carneiro da Cunha, de 20 anos. Segundo Cunha, os alunos fizeram abaixo-assinados e tentaram solicitar o que precisaram de várias outras formas. "São até coisas básicas. Os alunos e professores às vezes precisam levar caixa de som de casa para que tenhamos aula".
A reitoria e a fundação foram procuradas pelo Estadão.edu, mas até o momento não se pronunciaram a respeito.