Greve já atinge 49 instituições federais

Na terça-feira, 5, docentes se juntarão a outros servidores públicos para marcha em Brasília

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Por com Agência Brasil
Atualização:

A greve dos professores das instituições federais de ensino já atinge 46 universidades e dois institutos e um centro de ensino tecnológico, segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) publicado nesta segunda-feira, 4.

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A última instituição a integrar a lista foi a Universidade de Integração Latino Americana, em greve desde o dia 24 de maio - a informação, no entanto, só chegou ao sindicato na última sexta, 1º. A Universidade Federal do ABC já tem tem uma paralisação decretada a partir desta terça, 5. A determinação foi decidida em assembleia realizada no fim da semana passada.

Também na terça-feira, professores das federais em greve se juntarão a outros funcionários públicos na Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Após o encerramento do ato, será realizada uma plenária ampliada dos servidores para a votação de uma greve geral do funcionalismo federal a partir de 11 de junho.

Em comunicado, Luiz Henrique Schuch, vice-presidente da Andes, declarou que o movimento quer, mais do que nunca, negociar. "Queremos o agendamento de reuniões com interlocutores credenciados, com urgência, para buscarmos uma solução positiva ao impasse estabelecido o mais rapidamente possível”, disse.

A principal reivindicação dos grevistas é a revisão do plano de carreiras. O sindicato defende que o atual modelo não permite uma evolução satisfatória do professor ao longo da profissão.

No ano passado, o governo fechou um acordo com a categoria. Ele previa a revisão do plano de carreiras para 2013, além de um aumento de 4%, a partir de março, e a incorporação de gratificações. Os dois últimos pontos já foram concedidos, mas o novo plano continua pendente.

Na última semana, o comando de greve tinha uma reunião de negociação marcada no Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo próprio governo. O sindicato diz que não recebeu nenhuma justificativa para o cancelamento da reunião. O ministério informou, por meio da Assessoria de Imprensa, que o encontro foi apenas adiado por razões de "agenda" e será remarcado.

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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um apelo para que os professores retomem suas atividades e justificou o atraso nas negociações por causa da morte, em janeiro, do secretário executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Costa, que era responsável pela negociação salarial de todo o serviço público federal.

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