Governo de SP vai testar alunos, professores e profissionais da rede estadual

Serão feitos exames RTP-CR em 10 mil alunos e 9.300 servidores em 20 cidades do Estado

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Por Paloma Côtes
Atualização:

O governo do Estado de São Paulo vai iniciar, a partir de terça-feira, 13, a testagem de alunos, professores e servidores da rede estadual de ensino. O inquérito tem como objetivo estimar a incidência da covid-19 em docentes, funcionários e estudantes de escolas de diferentes regiões do Estado. A medida, no entanto, não deve alterar o cronograma anunciado pela gestão Doria para volta às aulas. 

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O inquérito será feito em 20 cidades do Estado e serão testados 10 mil alunos e 9.300 servidores. Nos municípios selecionados, o teste acontecerá em cinco escolas, com 100 alunos por escola e com testagem também nos servidores destas instituições de ensino. O teste utilizado será o RTP-CR. 

"Essa é uma medida adicional, que permitirá avaliar a circulação do vírus no momento atual. O que nós entendemos é que quando se faz o RTP-CR mostramos como está neste momento a circulação do vírus. E isso permite que se possa identificar a circulação do vírus na região, e aí podemos avaliar a possível necessidade de fechamento de uma escola numa região ou mais escolas", afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Governo de SP vai testar alunos, professores e profissionais da rede estadual Foto: Werther Santana/Estadão

Nesta quarta-feira, 7, como mostrou o Estadão, 200 mil alunos realizam atividades dentro das escolas estaduais, 50 mil deles capital. O número equivale a 5,71% do total de matriculados na rede. O governo do Estado é responsável pela educação de 3,5 milhões de alunos, 869 mil deles estão na cidade de São Paulo. Nas escolas do Estado, este retorno de atividades curriculares começou pelo ensino médio e também pela educação de jovens e adultos (EJA). Para as escolas estaduais que atendem alunos do ensino fundamental, a data prevista de retorno foi alterada para o dia 3 de novembro. 

Em 8 de setembro, o Estado já havia liberado atividades de apoio nas escolas, mas a decisão coube aos prefeitos. Na capital paulista, por exemplo, essa retomada com atividades extras teve início nesta quarta, em escolas públicas e particulares, mas com apenas 20% da capacidade, por decisão da gestão Bruno Covas. Estão permitidas na capital aulas de música, teatro de fantoches e contação de histórias para crianças pequenas e reforço de Português e Matemática a partir do fundamental. As aulas curriculares na cidade de São Paulo devem voltar no dia 3 de novembro.

Inquéritos sorológicos e Censo sorológico na cidade de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo já iniciou um censo sorológico na área de Educação, no dia 1º de outubro. A ideia é testar professores, estudantes e servidores da rede municipal de ensino para identificar a prevalência de infectados pela covid-19. Ao todo, o censo testará 777 mil pessoas. A secretaria municipal de Educação quer priorizar a volta às aulas em novembro para professores e estudantes que já tenham anticorpos contra o novo coronavírus. Mas aqueles que não tiverem não serão impedidos de retornar às atividades presenciais. 

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A expectativa da Prefeitura é de que 20% dos alunos já tenham anticorpos, seguindo o que foi identificado no inquérito sorológico das crianças feito na capital paulista. O resultado do último inquérito sorológico feito pela Secretaria Municipal da Saúde mostrou que o índice de alunos testados e que tinham anticorpos para covid-19 foi de: 17,2% nos da rede estadual, de 18,4% na rede municipal e de 9,7% entre os alunos da rede particular. O estudo mostrou também um cenário de alto número de assintomáticos entre os estudantes tanto da rede pública quanto privada. Os assintomáticos eram 64,1% na rede estadual, 66,4% na rede municipal e 70,3% em alunos das instituições particulares.

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