
24 de novembro de 2016 | 13h43
SÃO PAULO - Apresentado na manhã desta quinta-feira, 24, como o secretário de Educação da gestão João Doria (PSDB), o ex-titular da pasta na gestão Gilberto Kassab (PSD), Alexandre Schneider, já admitiu que a promessa de campanha do prefeito eleito em zerar a fila de creches pode não ser cumprida.
"Vamos gerar o maior número possível de vagas, naquilo que o orçamento garantir", disse. "Vou trabalhar para zerar a fila. Se puder zerar em um ano, será em um ano, se será em dois, será em dois."
Schneider afirmou que "a prioridade será ampliar o número de matrículas por meio de convênios". "As crianças não podem esperar a gente construir as unidades."
Ele reformou a promessa de Doria de criar agências reguladoras para fiscalizar a atuação de organizações sociais na gestão de equipamentos públicos, como as entidades que mantêm as creches.
Doria completou nesta quinta-feira o anúncio dos 22 secretários que vão compor seu governo. A lista não inclui o controlador-geral do município, que com Doria perderá o status de secretário. O novo escolhido terá de se reportar ao secretário de Negócios Jurídicos, Anderson Pomini. "A Controladoria irá continuar, valorizada", disse o prefeito eleito.
Outro nome anunciado por Doria foi o da pastora Patrícia Bezerra, vereadora pelo PSDB, para a pasta de Direitos Humanos e Cidadania, que tem entre suas funções a gestão de programas como o Transcidadania, voltado para a população transexual. A pastora prometeu que o programa será ampliado.
Durante a apresentação dos secretários, Doria se recusou a responder a quatro perguntas feitas por jornalistas. Uma delas foi sobre loteamento de cargos no governo, uma vez que ele puxou cinco vereadores eleitos para seu secretariado. A outra era sobre as relações de conselhos gestores das secretarias, que ele pretende criar, com os conselhos já existente na cidade. O prefeito eleito justificou a recusa afirmando que as perguntas, na manhã desta quinta-feira, deveriam ser feitas só para o secretariado.
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