Funcionários da Unicamp retomam greve

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Por Agencia Estado
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Os funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram retomar a greve na segunda-feira, por tempo indeterminado. No início deste mês eles haviam interrompido sua participação no movimento das três universidades paulistas - Unicamp, USP e Unesp - e, em assembléia nesta sexta-feira, votaram pela retomada. Não houve acordo na negociação salarial entre o Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e o Fórum das Seis, que representa os sindicatos de professores e funcionários das três universidades. Fórum e Cruesp se reuniram na noite de quarta-feira, mas nenhuma das propostas apresentadas foi aceita. "Encerramos a greve com a perspectiva de que as negociações avançariam, mas isso não ocorreu, mesmo o Fórum tendo proposto um índice de reajuste bem menor do que o que reivindicávamos no início da paralisação", disse o coordenador jurídico do Sindicato de Trabalhadores da Unicamp (STU), Antônio Alves Neto. O coordenador lembrou que apenas os funcionários da Unicamp haviam retornado ao trabalho, sendo que os professores insistiram na greve, assim como professores e funcionários da USP e Unesp. "Vamos retomar a greve também para fortalecer o movimento", alegou. Ofertas e negociação Na quarta-feira, os reitores ofereceram 2% de reajuste sobre a data-base de maio, como antecipação de uma fórmula calculada a partir do excedente da arrecadação estadual previsto para este ano. O resíduo da fórmula seria aplicado em outubro e janeiro. A presidente da Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp), Maria Aparecida Afonso Moysés, estimou o residual em cerca de 2%, a ser aplicado em janeiro, já que o índice referente a outubro seria antecipado para maio. Segundo ela, o Fórum propôs 2% de reajuste na data-base e mais 2% em junho. Com a porcentagem aplicada uma sobre a outra, o índice ficaria próximo ao da inflação calculada pela Fipe nos últimos 12 meses até a data-base, de 4,18%, disse Maria Aparecida. Caso houvesse um resíduo da fórmula, ele seria repassado em janeiro, explicou Alves Neto. Os reitores recusaram. "A fórmula que eles apresentaram não chega à inflação", alegou. Segundo o coordenador, o Fórum baixou o índice de reajuste de 16%, reivindicado no início da greve, para 9,41% e, na reunião de quarta-feira, para os 4,18%. "Temos buscado uma negociação", alegou. A alegação dos reitores é que as universidade não dispõem de recursos para reajustar os salários.

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