Funcionários da Unicamp mantêm greve por reajuste salarial

Categoria recusou abono de 21% oferecido pela reitoria; mesma proposta fez com que professores suspendessem paralisação

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Os funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram nesta sexta-feira, 8, manter a greve da categoria, que já dura mais de 70 dias. O grupo, que cruzou os braços contra o reajuste zero nas universidades estaduais, recusou a proposta da reitoria, de abono de 21% sobre o salário de julho.

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A mesma proposta foi aceita em julho pelos professores da Unicamp, que decidiram suspender a paralisação até 3 de setembro, data em que os reitores retomam a negociação com as categorias. A greve obrigou a instituição a adiar o início do segundo semestre para 1º de setembro.

Os servidores pretendem enviar uma contra-proposta à reitoria da Unicamp. A categoria pedirá mais referências salariais, equiparadas com as que existem na Universidade de São Paulo (USP), e a garantia de vale-refeição. 

Outras estaduais. Na USP, docentes e servidores mantêm a greve. Em protesto, um grupo de funcionários bloqueia desde segunda-feira, 4, a entrada do prédio da reitoria e de outros nove edifícios do câmpus Butantã, na zona oeste da capital. O desconto dos dias parados nos salários acirrou os ânimos entre grevistas e a reitoria.

Na manhã desta sexta-feira, funcionários voltaram a trancar os portões no câmpus da USP em São Carlos. No Butantã, funcionários fizeram uma festa na Faculdade de História para arrecadar fundos para os grevistas que tiveram descontados nos salários os dias parados.

Já na Universidade Estadual Paulista (Unesp), os professores suspenderam a greve nos câmpus de Araraquara e São José dos Campos e mantiveram a paralisação em pelo menos dez câmpus. A categoria dos funcionários voltou ao trabalho nos câmpus de Rio Claro e Tupã, mas manteve os braços cruzados em pelo menos outros 11 câmpus.