A reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) decidiu, na quarta-feira, anular inclusive as provas da primeira fase do vestibular. Um total de 13 mil candidatos terá de refazer as provas após a Polícia Federal descobrir que as fraudes ocorreram em ambas as fases do processo seletivo. Doze pessoas, entre elas dois advogados, um assessor da Assembléia Legislativa e um analista do Tribunal de Contas do Estado, foram detidas pela Polícia Federal, mas 11 já estão soltas. A universidade admite que houve falhas dos funcionários e abriu uma sindicância para apurar se algum deles teve participação no crime. Os fraudadores se infiltraram entre os fiscais, furtaram as provas, saíram do campus em posse delas e se reuniram em uma casa, onde outros membros da quadrilha os esperavam para responder as questões em conjunto. Depois, repassavam o gabarito para candidatos que estavam dispostos a pagar até R$ 70 mil para entrar na universidade.