31 de janeiro de 2012 | 22h38
Dois anos e meio depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, o Jornalismo ainda é uma carreira atraente para quem presta vestibular. Na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, a graduação esteve entre as seis mais disputadas da Fuvest. “O curso continua a ser a principal porta de entrada na profissão”, diz o coordenador do ensino de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, Igor Fuser.
Segundo ele, os alunos têm nas aulas contato com o conhecimento acumulado sobre a elaboração de produtos jornalísticos, além de acesso à reflexão teórica sobre comunicação e noções humanísticas em matérias como sociologia e direito. A Cásper tem ainda um núcleo editorial que serve de laboratório para os alunos.
As possibilidades de atuação no mercado são amplas: vão dos tradicionais veículo impressos às redações de portais na internet e agências de comunicação corporativa.
O piso salarial na mídia impressa paulistana, segundo o sindicato da categoria no Estado, é de R$ 3.321,60 por sete horas de trabalho. Fuser, porém, alerta: “São muitos os casos de recém-formados que, para garantir o ingresso no mercado, se submetem a salários aviltantes, sem receber os mínimos direitos. A maioria ganha menos do que o piso estabelecido nos acordos sindicais”.
Opções
IGOR FUSER
COORDENADOR DE JORNALISMO NA FUNDAÇÃO CÁSPER LÍBERO
“Os formandos podem trabalhar em projetos jornalísticos pela internet, em revistas, em publicações corporativas, além dos veículos tradicionais, que continuam a empregar um grande número de profissionais”
Jornalismo
Piso salarial na capital
R$ 3,3 mil
Duração do curso
4 anos
Disciplinas
Teoria da comunicação, radiojornalismo, telejornalismo, técnica de redação, técnicas e gêneros jornalísticos
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