
09 de março de 2011 | 14h30
Passados 25 anos do fim da ditadura militar no Brasil, a figura do cientista político se mostra fundamental na organização da sociedade civil. A formação, feita por meio de pós-graduação, é um dos desdobramentos das ciências sociais e ficou, durante muito tempo, praticamente restrita ao meio acadêmico - panorama que vem mudando ao longo da última década.
Para Claudio Couto, doutor em Ciências Políticas pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do departamento de Gestão Pública da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), a relevância do cientista político está ligada ao amadurecimento da participação política dos brasileiros. “Este profissional está ligado ao processo de consolidação da democracia no País”, diz.
Segundo Couto, a atuação do profissional está mais abrangente. “Além da academia, o cientista político pode atuar em organizações do terceiro setor, na área de consultorias e em empresas privadas que têm interface com o Estado.”
O cientista político Rogério Schmitt, que é coordenador de projeto da ONG Transparência Brasil, explica que a formação teórica é importante, mas não descarta a necessidade de uma boa capacidade de relacionamento. “Cientista político também faz política”, brinca.
Opinião do especialista
CLAUDIO COUTO
PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO PÚBLICA DA FGV-SP
“Além da academia, o cientista político pode atuar em organizações do terceiro setor, na área de consultorias e em empresas privadas que têm interface com o Estado.”
Ciências Políticas
Salário inicial
Variável
Duração
2 anos (mestrado)
Disciplinas
Comportamento eleitoral, temas do pensamento político brasileiro, análise de política governamentais
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