FGV abre Escola de Economia voltada a um novo pensamento nacional

Diretor Yoshiaki Nakano quer curso que discuta questões nacionais diante do mercado global

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Fundação Getúlio Vargas lançou na segunda-feira sua Escola de Economia (FGV-EESP). "Nosso objetivo não é formar especialistas para o primeiro emprego, mas dar formação sólida a economistas que venham a integrar o quadro de dirigentes de nosso País", explicou o diretor da escola, Yoshiaki Nakano, ex-secretário da Fazenda de São Paulo. As inscrições para o vestibular da primeira turma de graduação estão abertas a partir desta semana. A prova acontece em novembro. São 50 vagas para o curso de quatro anos. O preço da mensalidade deve ficar em cerca de R$ 1.280. Bolsas e material didático Os alunos sem condição financeira de pagar pelo curso podem se inscrever no Fundo de Bolsas da FGV, que recebe apoio de mil ex-alunos e financia de 20% a 100% da mensalidade. O bolsista começa a pagar o financiamento a partir do quinto ano em que ingressa na graduação. Uma das diferenças do curso da FGV, segundo Nakano, será a adoção de material didático escrito no País. "Precisamos voltar a discutir as grandes questões nacionais", defendeu o economista. "Em outros cursos, os livros são americanos." Dessa forma, os alunos acabariam por receber formação para discutir as grandes questões americanas. Novo pensamento econômico "Aos poucos, estamos abandonando a crença de que ? com a redução da intervenção do Estado, com a abertura da economia e com a política econômica disciplinada pelo mercado e voltada para a estabilidade ? a integração financeira traria um fluxo de capital do exterior e com isso o País cresceria automaticamente", afirmou Nakano. "É preciso começar com um intenso debate para formar um novo pensamento econômico com identidade nacional." A Escola de Economia da FGV também oferece cursos de mestrado, doutorado e especialização.

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