
09 de abril de 2014 | 17h13
Apesar de não terem participado de nenhuma atividade acadêmica em uma universidade no exterior, os bolsistas do Ciência sem Fronteiras que foram convocados para retornar ao Brasil não poderão mais se inscrever no programa para novo intercâmbio na graduação. Como o Estado de S. Paulo revelou, pelo menos 110 bolsistas terão de retornar do Canadá e da Austrália - onde já estão desde setembro de 2013 - por não terem conseguido proficiência em inglês, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) que faz a gestão das bolsas.
Todos os participantes desse edital são estudantes de graduação e estavam usufruindo a chamada bolsa de graduação-sanduíche. O edital, de 2012, era para bolsas em universidade de Portugal. No ano passado eles tiveram que escolher outro país depois da decisão do MEC de excluir Portugal do programa em 2013 - por entender que já havia grande número de estudantes naquele país, e que, lá, eles não dominariam uma segunda língua.
De acordo com a Capes, esses estudantes só poderão participar de outros editais desde que sejam para tipos de bolsas diferentes das que já usufruíram. Por exemplo, eles podem concorrer ao mestrado profissional. Essa regra se aplica a todos os programas da Capes, não só ao CSF", informou em nota.
Lançado em 2011, o Ciência sem Fronteiras tem a meta de mandar para universidades estrangeiras 101 mil estudantes e pesquisadores até 2015. As bolsas vão da graduação ao pós-doutorado. Atpe agora, 61 mil bolsas foram concedidas até agora.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.