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Estudantes protestam contra reforma do ensino em Bauru e Sorocaba

Críticas focavam principalmente a flexibilização do ensino e a supressão de disciplinas

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA – Estudantes fizeram protestos contra a proposta de mudanças no ensino médio do governo federal em duas cidades do interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (5). Em Sorocaba, cerca de 800 estudantes de 15 escolas estaduais saíram em passeata com faixas e cartazes desde a avenida Itavuvu, na zona norte, até a Praça Coronel Fernando Prestes, no centro. Durante a marcha, de mais de seis quilômetros, os manifestantes exibiram faixas com frases contra a medida provisória do presidente Michel Temer (PMDB).

As críticas focavam principalmente a flexibilização do ensino e a supressão de disciplinas, como Educação Artística e Educação Física. Ruas e avenidas foram bloqueadas durante a passagem dos estudantes. A Polícia Militar acompanhou o protesto e não registrou incidentes. Na cidade, foi o segundo ato em duas semanas contra as proposta de mudança no ensino.

Temer defendeu reforma do ensino médio em evento em SP Foto: EFE/Beto Barata

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Em Bauru, cerca de 500 estudantes de dez escolas estaduais marcharam três quilômetros pela região central contra a medida provisória do ensino médio. O grupo se dirigiu ao prédio da Câmara Municipal e bloqueou a avenida Rodrigues Alves, uma das principais da cidade. Para evitar que os carros furassem o bloqueio, os estudantes sentaram-se no asfalto. Representantes entregaram um documento contra as mudanças aos vereadores. Eles reclamam principalmente da não obrigatoriedade de disciplinas como filosofia e sociologia. A Polícia Militar acompanhou o protesto.

Em nota, o Ministério da Educação informou que a medida provisória enviada ao Congresso cria a base legal para a reforma, que é necessária e urgente. Segundo a pasta, as propostas são fruto de amplo debate acumulado no país nas últimas décadas. Entre as principais mudanças está a possibilidade de o aluno escolher a área em que vai querer atuar profissionalmente, como acontece nos principais países do mundo. Segundo o Ministério, a mudança deixará o currículo articulado com o ensino técnico profissionalizante.

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