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Estudantes decidem continuar ocupação da reitoria da UFRJ

Objetivo é pressionar o reitor a atender demandas como melhorias nos alojamentos; nova assembleia ocorrerá na tarde desta sexta

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Cerca de cem estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram em assembleia que entrou pela madrugada continuar ocupando a reitoria até ao menos a tarde desta sexta-feira, 15 . Desde a tarde desta quinta-feira, 14, eles estão no local para pressionar o reitor Carlos Levi a atender suas reivindicações.

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Segundo a estudante Julia Portes, de 19 anos, já conseguiram duas: a abertura do edital do auxílio-moradia, que é pago aos estudantes que têm renda familiar per capita de menos de um salário mínimo, em junho, com promessa de pagamento em julho; e a realização de um censo para levantar quantos são os moradores dos alojamentos, necessária para a formulação de políticas para melhorar suas condições, lotadas e precárias.

Os estudantes também brigam pelo pagamento dos funcionários terceirizados, em especial os da limpeza e da segurança, que estão com salários atrasados desde março - quanto a isso, não receberam perspectivas.

Funcionários terceirizados da UFRJ estão com os salários atrasados Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

A decisão por ocupar a reitoria foi tomada porque Levi deixou a reunião do Conselho Universitário, na tarde desta quinta-feira, no meio, alegando falta de quórum para votações. O reitor foi a uma reunião com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, que estava na cidade. 

A noite na reitoria, na Cidade Universitária, zona norte, foi tranquila. O grupo, de várias faculdades diferentes, planeja permanecer na reitoria até pelo menos as 16h desta sexta-feira, quando haverá outra reunião com o reitor e com decanos da UFRJ. Em seguida, será realizada nova assembleia, na qual os estudantes decidirão o que fazer dali para frente.

"A gente não pode mais ficar sem fazer nada. São demandas antigas, há muito tempo a situação na UFRJ está precária. Não é razoável que os trabalhadores continuem trabalhando sem receber", disse Julia, que é aluna da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU).

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