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Estudantes da FEA-USP tentam reverter decisão sobre catracas

C.A. fará abaixo-assinado pela instalação de barreiras apenas nos 'locais mais sensíveis'

Por Carlos Lordelo
Atualização:

Derrotados no plebiscito que definiu a instalação de catracas nas entradas do prédio principal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, os estudantes pedem agora uma solução que "concilie os interesses aparentemente conflitantes das três categorias" - alunos, professores e funcionários.

 

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A partir desta segunda-feira, 4, o Centro Acadêmico iniciará um abaixo-assinado em defesa da colocação de barreiras apenas no andar superior do prédio principal e nos acessos a três edifícios anexos onde funcionam áreas administrativas e laboratórios, além da biblioteca.

 

Segundo comunicado divulgado na noite deste domingo pelo C.A, esses são os locais "mais sensíveis" da faculdade e que "notadamente mais preocupam professores e funcionários". Pela proposta, continuaria sem controle o acesso ao andar térreo do edifício principal.

 

Conforme o Estadão.edu adiantou na noite da última sexta-feira, os alunos perderam para funcionários e professores na votação que decidiria a instalação ou não das barreiras. Como cada categoria tinha o mesmo peso na consulta, por 2 a 1, ficou resolvido que o acesso à faculdade será limitado a quem tiver crachá de identificação para poder ultrapassar as roletas ou quem se identificar na portaria.

 

Cerca de 79% dos alunos votaram contra as catracas, enquanto 76% dos professores votaram a favor dos equipamentos. Já os servidores, por pequena maioria (53%), também decidiram pela colocação das catracas.

 

Para justificar o abaixo-assinado, o C.A. destaca que o resultado mostrou a "divisão" da comunidade acadêmica sobre o tema. "O resultado foi definido por uma margem bastante pequena de votos - diferença de apenas cinco votos entre os funcionários, e nas outras duas categorias, posições claras e antagônicas", afirma o texto.

 

Outro ponto lembra que a "ampla maioria dos estudantes manifestou-se contrária à instalação de catracas, sendo essa categoria a mais numerosa dentre as três da comunidade".

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Por fim, os alunos dizem que "verificou-se um alto grau de desinformação entre os votantes". Citam, para isso, a declaração de um professor à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo e do Jornal da Tarde, na semana do plebiscito. Segundo o C.A., parte da comunidade acreditava estar em questão a instalação de catracas em locais como a biblioteca e o FEA5, prédio onde funcionam laboratórios da faculdade.

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