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Estudantes britânicas se prostituem para pagar estudos

Os números apontam para um aumento de 50% da da prostituição estudantil desde 2000, o que se explica pelo agravamento dos problemas econômicos

Por Agencia Estado
Atualização:

Um número crescente de estudantes britânicas se dedica à prostituição ou a outras atividades relacionadas com o sexo para poder custear os cada vez mais caros custos universitários. Segundo um estudo da universidade londrina de Kinsgston, o número de estudantes que se dedica a esse tipo de práticas cresceu 50% nos últimos seis anos. Os autores do estudo entrevistaram 103 estudantes, sendo que uma em cada dez disse conhecer garotas que trabalharam em clubes de strip-tease, salões de massagens e como acompanhantes para pagar por seus estudos. Além disso, 6% das entrevistadas disseram que conhecem estudantes que se dedicam diretamente à prostituição. O custo das matrículas universitárias, introduzidas pela primeira vez sob o governo trabalhista em 1998, subiu do equivalente de 1.500 euros para 4.500 atualmente na maioria dos centros de ensino superior. Ron Roberts, o psicólogo autor do estudo, assinalou que "os números apontam para um aumento de 50% da prevalência da prostituição estudantil desde 2000, o que se explica pelo agravamento dos problemas econômicos" desse grupo. Segundo um outro estudo, realizado em 2004, os britânicos gastaram com prostituição cerca de 800 milhões de euros, quase tanto quanto o que gastaram para ir ao cinema. Uma estudante prostituta que está cursando doutorado em política internacional disse ao jornal "The Sunday Times" que há alguns anos podia ganhar até 3.000 euros em uma noite, mas que agora os lucros são menores devido à concorrência com garotas do leste europeu. "Em vez de trabalhar em um McDonalds ou em uma loja por 12 euros a hora, é mais fácil às vezes trabalhar nesta indústria (do sexo), porque permite ganhar muito mais dinheiro rapidamente, pagar o aluguel e dispor depois de mais tempo para estudar", afirmou o psicólogo.

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