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Estudantes afirmam que vão resistir à reintegração de posse do Centro Paula Souza

Operação poderia ocorrer às 10 horas e, segundo determinação da Justiça, deverá ser feita na presença do secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes

Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:

SÃO PAULO - Estudantes que ocupam a sede administrativa do Centro Paula Souza, na região central de São Paulo, decidiram manter a ocupação e resistir à reintegração de posse, marcada para às 10 horas ou 14 horas desta quinta-feira, 5, conforme decisão judicial. Eles tinham até as 9 horas para sair do local.

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"Decidimos continuar ocupando e resistir à Polícia Militar. Não vamos sair", explicou a estudante Vanessa Alves, de 16 anos. Aluna da Escola Estadual Gavião Peixoto, em Perus, zona norte de São Paulo, Vanessa foi uma das protagonistas da tomada de seu colégio na onda de ocupações em 2015.

Os alunos ocupam o Centro e ao menos 12 escolas técnicas estaduais em ação que começou na semana passada para reivindicar melhoria na merenda dos colégios. 

Alunos protestam contra falta de merenda em unidades Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Pelo menos cem estudantes e militantes de movimentos sociais participam da ocupação nesta quinta-feira, 4. Eles tocam tambores como forma de "aquecimento" enquanto aguardam a chegada da Polícia Militar. A decisão de reintegração foi deferida nesta quarta-feira, 4 depois de uma audiência de conciliação entre o órgão e os alunos ter terminado sem acordo.

No despacho, o juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da Central de Mandados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determina que a operação ocorra na presença do secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, e proíbe que os policiais usem armas letais e não letais.

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