29 de novembro de 2010 | 19h52
A distração tirou de Thiago Viana Marques, de 17 anos, a oportunidade de disputar uma vaga no curso de Economia. O vestibulando saiu cedo de casa, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, para ir até o prédio da Faculdade de Engenharia da Poli, na Cidade Universitária, zona oeste da capital. Chegou ao câmpus às 11 horas, duas horas antes do início do exame, e resolveu dar uma volta pelo local.
Ele contou que, mesmo conhecendo “relativamente bem” o câmpus, estava sem relógio e se distraiu. Quando viu a hora em um dos relógios de rua da USP, tomou um susto: eram 12h58. Thiago conseguiu carona com uma mulher que passava pelo local, mas só chegou à Poli às 13h10. Encontrou os portões fechados. Desapontado, o aluno de escola pública disse que não vai desistir de passar na Fuvest.
Na região da Barra Funda, o único candidato que chegou atrasado ao câmpus da Uninove nem ficou tão chateado. Apresentando-se como Fernando Soares, deixando claro que era um nome fictício, ele perdeu a prova por três minutos. Ele, que disse ter 30 anos, já começou o curso na Universidade do Contestado, em Concórdia, interior de Santa Catarina, e queria uma transferência para São Paulo, onde mora a namorada. Ele saiu do Butantã, na zona oeste, e foi de ônibus. “Não tinha ideia que era tão distante”, resumiu.
Já o treineiro Carlos Alberto Victorino Júnior, de 16 anos, perdeu a prova porque não conseguiu encontrar a tempo o prédio da Faculdade de Engenharia Civil da Poli. Ele disse que perguntou o caminho a várias pessoas no câmpus, mas ninguém soube informar. Ele culpa a falta de sinalização.
A coordenadora da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, rebateu as críticas. “Temos 1,5 mil alunos fazendo prova aqui e só ele não encontrou o local. Acho um absurdo reclamar da sinalização”, afirmou.
Do hospital. Anteontem, Júlia Bernardes, de 18 anos, candidata a Administração, amanheceu com febre, diarreia e vômito. Foi para o Hospital São Luiz, no Itaim, onde foi diagnosticada com virose e pneumonia. Sua mãe ligou para a administração da prova e conseguiu autorização para que a filha fizesse o exame no hospital, com supervisão de um funcionário da Fuvest.
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