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‘Estamos todos desmotivados’, diz professora

Novos protestos contra a reestruturação da rede estadual já foram organizados, um deles marcado para esta quinta na Paulista

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela e Isabela Palhares
Atualização:
Maria do Carmo Harada: 'Por quê só fazem as coisas para piorar?' Foto: JOSÉ MARIA TOMAZELA/ESTADÃO

Pais, alunos e professores de escolas fechadas relataram insegurança com a reestruturação em São Paulo, pois não sabem para qual unidade serão transferidos. Novos protestos contra a medida já foram organizados, um deles marcado para a tarde desta quinta-feira, 29, na Avenida Paulista.

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Na Escola Professor Sílvio Xavier Antunes, na zona norte da capital, os funcionários disseram estar desmotivados para terminar o ano letivo e sem saber para onde seriam transferidos no próximo ano. “Está muito difícil segurar as pontas aqui, muitos professores estão faltando porque vão nos protestos; os alunos estão revoltados. Estamos todos desmotivados”, disse uma professora que pediu para não ser identificada por medo de represálias da secretaria.

Os funcionários negam que a unidade esteja subutilizada. Com dez salas, a escola tem dez turmas de manhã e oito, nos períodos da tarde e da noite. “Em uma turma do 3.º ano do ensino médio temos 48 alunos matriculados. Aonde eles serão alocados? Com certeza em uma sala ainda mais superlotada”, disse outro funcionário, que também não quis ser identificado.

Em Sorocaba, que teve cinco unidades fechadas, os alunos fizeram nesta quarta um protesto na frente da Escola Mário Guilherme Notari. “Um absurdo, a escola mais próxima fica em outra região, a 3 quilômetros”, disse Beatriz Augusta, mãe de aluna.

A dona de casa Maria do Carmo Harada, mãe de um aluno de 9 anos, disse estar preocupada com a mudança porque o filho terá de pegar ônibus no ano que vem para ir à escola. “Por quê só fazem as coisas para piorar?” 

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