Escolas propõem debater indisciplina com seus alunos

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Por Isis Brum
Atualização:

No colégio Stance Dual, na Bela Vista, região central de São Paulo, o conceito de indisciplina está sendo substituído pela ideia de conflito - e a punição, consequentemente, pelo diálogo. “Queremos transformar o conflito, não em um perigo a ser evitado, mas em uma oportunidade de trazer à tona o que estava por trás desse confronto”, diz Ana Claudia Correa, orientadora educacional da unidade.

 

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Foram implementadas rodas de convivência para que as turmas de todas as séries debatam os problemas do dia a dia escolar. “Cada um pode dizer como se sente, manifestar sua opinião e propor soluções”, declara Ana Cláudia. “A ideia é criar medidas para que os alunos possam se ouvir e encarar os seus problemas.”

 

A percepção da diretora e mantenedora do Colégio Renovação, na zona sul de São Paulo, Sílvia Brapi Conte, é de que a faixa etária dos indisciplinados tem contemplado alunos cada vez mais novos. Os baixinhos atrapalham o professor em sala de aula, diz ela, já a partir do 2º ou do 3º ano do fundamental.

 

Quando os estudantes crescem e se tornam usuários mais assíduos da internet, os problemas ficam ainda mais nítidos, avalia Silvia. “Muitas crianças não prestam atenção nas aulas porque vão dormir às 2 ou 3 horas da manhã”, conta a diretora.

 

De acordo com Sílvia, estudantes mais problemáticos vêm de famílias que não estão presentes na vida escolar da criança, mas ela concorda que as aulas precisam ser mais dinâmicas para atrair o público atual. Para resolver conflitos entre alunos e professores no âmbito escolar, a diretora recomenda convocar os pais para uma conversa e incentivá-los a participar mais das atividades promovidas pela instituição.

 

"Queremos transformar o conflito, não em um perigo a ser evitado, mas em uma oportunidade de trazer à tona o que estava por trás desse confronto"

ANA CLAUDIA CORREA, ORIENTADORA EDUCACIONAL DA ESCOLA STANCE DUAL

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