16 de junho de 2015 | 16h49
As escolas estaduais de São Paulo serão as responsáveis por definir o calendário de reposição das aulas perdidas durante a greve dos professores do Estado, a maior da história, com duração de 89 dias.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SEE), as normas das reposições serão publicadas nesta quarta-feira, 17, no Diário Oficial do Estado. As diretorias regionais de ensino ficarão responsáveis por acompanhar o plano de atividade das unidades. Os alunos deverão ser informados pelas próprias unidades sobre o plano de reposição. Não há definição, por exemplo, de quantas horas ou em quais dias haverá a reposição.
Segundo a pasta, as reposições devem ocorrer somente nos casos em que os alunos não foram plenamente atendidos durante a paralisação. A secretaria utilizou professores temporários para cobrir buracos nas grades no período, mas algumas escolas ficaram sem aulas, conforme mostrou o Estado ao longo da paralisação. Em unidades visitadas pela reportagem, alunos reclamaram que ficavam na quadra em aulas vagas e até perderam provas.
A greve dos professores terminou na última sexta-feira sem negociação de reajuste salarial. Os docentes tiveram ainda o salário dos dias parados descontado. Os docentes deverão receber somente pelas aulas repostas, mas não há previsão de devolução dos salários.
Negociação. Os docentes pediam reajuste de 75,33%, para equiparar o salário ao dos demais profissionais com ensino superior no Estado, nos cálculos do sindicato. O governo Alckmin, que ainda não apresentou nenhuma proposta, disse que só discutirá o aumento salarial em julho, quando o último reajuste completar um ano.
Em nota publicada em seu site oficial, o Centro do Professorado Paulista (CPP), um dos sindicatos da categoria, afirmou que se reuniu com a secretaria e que o valor do reajuste já foi definido, mas o valor ainda não foi divulgado.
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