
26 de abril de 2010 | 17h46
A direção informou que os 1.500 alunos foram dispensados para o reparo das avarias e a limpeza do prédio depredado. Um grupo de professores, porém, revelou a disposição de pedir ajuda para o tráfico para evitar novos roubos. A porta-voz do grupo, uma professora que pediu para não ser identificada, contou que o plano é conversar com o principal chefe do tráfico e pedir uma trégua. "Aqui ele tem mais poder do que as autoridades e, se der uma ordem, o pessoal respeita", disse.
O bairro se formou em áreas de antigas favelas e tem ruas estreitas que facilitam a ação dos traficantes. Eles controlam dezenas de pontos de distribuição de drogas. A escola funciona desde 2006 e só neste ano sofreu seis ataques. Na semana passada, os ladrões já tinham roubado a cantina - o comerciante que tinha a concessão pediu a rescisão do contrato.
A direção informou que não aprova, nem reconhece qualquer medida para aumentar a segurança na escola que não seja através dos órgãos da Segurança Pública. Algumas classes voltaram a ter aulas hoje à tarde. Amanhã, a escola retoma o funcionamento normal. A Polícia Militar informou que já se reuniu com os moradores para discutir a segurança. O policiamento no bairro será reforçado.
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