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Escola Estadual Prof Tenente Ariston de Oliveira vence Desafio BM&FBovespa

Eles conquistaram R$ 25 mil para aplicar em ações; outra estadual, a Prof Carlos Cattony, ficou em quinto lugar

Por Paulo Saldaña e Elida Oliveira
Atualização:

A final do Desafio BM&FBovespa premiou duas escolas estaduais e três colégios particulares neste sábado, 28 de novembro. A disputa aconteceu no saguão térreo da BM&FBovespa, no centro de São Paulo, e teve 30 grupos  –  136 estudantes  –  concorrendo ao prêmio principal, de R$ 25 mil.   A grande vencedora foi a Escola Estadual Professor Tenente Ariston de Oliveira, de São Paulo. "O próximo passo agora é investir", diz Jonatas Bruno Gomes, 17 anos, um dos cinco alunos do grupo que obteve rentabilidade de 82,25% do valor aplicado. "É um sonho realizado, sempre acreditei muito muito neles", falou o professor Antônio Dorival Pereira Leite, mentor dos alunos.   Os estudantes e o professor formarão agora um grupo de investimento que deverá aplicar o valor recebido em ações do mercado real. Até agora, toda a experiência de investimento do desafio foi virtual. Após 12 meses, o valor poderá ser resgatado. Se eles mantiverem, no mercado real, a mesma rentabilidade da simulação, poderão retirar R$ 45,5 mil.   Outra escola estadual vencedora foi a Carlos Cattony, também de São Paulo. Eles ficaram em quinto lugar, com rentabilidade de 45,94%, e levaram R$ 2,5 mil. "Tivemos pouca estrutura para a preparação, fomos atrás de pessoas que fizeram cursos sobre como aplicar em ações na bolsa e vencemos", diz Vinicius Benhami, 17 anos. Para a professora de História e Filosofia, mentora do grupo, o dinheiro recebido é uma compensação pelo esforço dos alunos. "O prêmio é uma consequência do desempenho. Mesmo sem terem se preparado muito, eles foram aprendendo ao longo das palestras feitas nas eliminatórias."   Veja mais:  A cobertura da final do Desafio BM&FBovespa no blog do Estadão.edu  Veja como foi a final do Desafio BM&FBovespa   A segunda colocada no desafio foi o Colégio Nossa Senhora dos Remédios, de Osasco. A rentabilidade do grupo foi de 66,81%. O prêmio é de R$ 15 mil em créditos para aplicação em grupos de investimentos. Em terceiro lugar, o Colégio Machado de Assis, de São Paulo, que obteve rentabilidade de 58,35% e prêmio de R$ 10 mil. Em quarto lugar vem o colégio Porto Marchesano, de Itapevi. A rentabilidade do valor aplicado foi de 46,94% e o prêmio, de R$ 5 mil.   "É um começo de futuro", diz Felipe Amoresano, de 17 anos, aluno do Colégio Machado de Assis. Para o colega dele, Bruno Simões, 17, o conhecimento acumulado na competição servirá para as aplicações que seão feitas na prática. "Faremos esses R$ 10 mil triplicarem", aposta. Descontraídos, o grupo passou a véspera da competição em um parque de diversões. "Éra para eles ficarem mais calmos e relaxados", explicou a professora Angela Amoresano, mentora do grupo.   Desde abril deste ano foram seis eliminatórias para selecionar 30 escolas entre as 210 participantes - 529 se inscreveram. A seleção foi feita por sorteio. Participaram escolas de todo o Estado de São Paulo. Criada em 2006, o desafio BM&FBovespa já atraiu 8,2 mil participantes.   Torcida De pompons na cabeça, óculos de plástico, cornetas e muita energia, a torcida convidada para prestigiar a final do Desafio BM&FBovespa só não fazia barulho quando os participantes estavam concentrados analisando as ações das empresas em que iriam aplicar os valores virtuais.   "Nós somos os mais bonitos, organizados e animados desta torcida", disse Laís Martins Ribeiro, 17 anos, aluna do 3º ano do Colégio Teresa de Calcutá, de Mairiporã. Ela e outros sete estudantes torciam pelos cinco finalistas da escola. "Acompanhamos a preparação, ensaiamos coreografias e vamos mantê-los animados nessa final", falou Juliana Nascimento, 18 anos. Mesmo com os colegas participando também de vestibulares nesse ano, Juliana acha que a preparação para o desafio os ajudou a estudar. "Pelo menos o raciocínio ficou mais rápido."   A diretora da Escola Estadual Padre Geraldo Lourenço, Marcia Zulian Teixeira Tassone, veio de Aguaí, interior paulista, apoiar os alunos. "Quando chegamos com o resultado (da seleção), foi uma festa. Isso foi muito bom para a autoestima dos alunos, saber que eles podem concorrer com outras escolas", fala.   Na arquibancada, Elza de Castro, de 76 anos, acompanha o neto Carlos Eduardo de Castro, do Colégio Koelle, de Rio Claro. Depois e três horas de viagem, ainda demostrava disposição para apoiar o neto. "Operei o joelho recentemente, mas se ele ganhar vou sair correndo para comemorar."

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