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Entra no ar rede de TV Web contra o câncer

As sociedades brasileiras de Cancerologia e a de Oncologia Clínica lançaram a Rede Brasileira de Combate ao Câncer, uma cadeia de TV Web que interliga 123 auditórios de teleconferência

Por Agencia Estado
Atualização:

Profissionais de saúde de todo o Brasil vão poder se atualizar sobre as novidades do diagnóstico e tratamento do câncer sem precisar viajar para os principais centros especializados na doença. As sociedades brasileiras de Cancerologia e a de Oncologia Clínica lançaram nesta terça-feira a Rede Brasileira de Combate ao Câncer, uma cadeia de TV Web que interliga 123 auditórios de teleconferência espalhados pelas cinco regiões do País. Em quatro tardes por semana, as sociedades vão organizar reuniões clínicas para médicos especialistas, não especialistas, outros profissionais de saúde que também lidam com o paciente com câncer, estudantes e residentes. As reuniões são transmitidas via satélite pela internet, o que permite a participação de todos em tempo real. "O maior objetivo da rede é o paciente", disse André Moraes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). "Um médico atualizado, não importa onde ele esteja, é capaz de dar melhor assistência para seus pacientes." A rede vai encurtar o tempo que leva para que avanços e novos conhecimentos sobre câncer cheguem aos profissionais de lugares mais distantes. "Todos os hospitais estratégicos no tratamento da doença estão na rede", explicou Nise Yamaguchi, presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia. "Temos de fazer mais diagnósticos e prevenção." Daqui para a frente, os centros que prestam assistência a pacientes com câncer vão trocar experiências com mais facilidade. Além dos hospitais, há pontos de conexão com a rede em associações médicas regionais. Todos os hospitais que possuem programas de residência em oncologia também ganharam salas de teleconferência para participar da rede. Para essas instituições, o acesso à rede é gratuito. Um dos objetivos da rede é contribuir para a formação de residentes na especialidade. Mas há também reuniões que podem ser acompanhadas por estudantes de medicina que ainda nem escolheram a especialidade em que vão atuar. Numa segunda fase da rede, os temas tratados nas teleconferências serão ampliados para informar o público leigo sobre a doença e capacitar voluntários que lidam com pacientes portadores de câncer. No Brasil, o câncer é a terceira causa de morte, perdendo para causas externas (violência e acidentes) e problemas cardiovasculares. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que 122 mil pessoas morreram por causa da doença no ano passado. Entre os tipos mais comuns de câncer nos brasileiros está o de pele. Para os homens, também são comuns o câncer de próstata e de pulmão. Já as mulheres são mais atingidas por câncer de colo de útero e de mama, além do de pele.

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