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Entidades analisam projeto da reforma universitária

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério da Educação distribuiu a diversas entidades do setor a cópia do projeto da Reforma Universitária, para que as propostas sejam debatidas. As entidades têm até o dia 13 para enviar críticas e sugestões. Será também no dia 13 que o ministro da Educação, Tarso Genro, apresentará um esboço final do projeto que será enviado ao Congresso Nacional em novembro. O projeto, como está, reformula o sistema de avaliação de cursos criado no governo FHC e apresenta mais 14 sugestões de mudança. Pelo projeto, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) torna-se obrigatório e surge o ciclo básico nos primeiros anos dos cursos superiores. Substituir vestibular A idéia é que o exame Enem obrigatório substitua o vestibular. Ou, pelo menos, conte pontos no processo de seleção de todas as instituições de ensino superior. Hoje, o exame é voluntário e seus resultados, utilizados por 436 faculdades. Em algumas instituições, como a Universidade do Grande ABC (UniABC), o Enem já é usado em substituição ao vestibular há quatro anos. Adiar escolha Formado por disciplinas gerais a todos os cursos, o ciclo básico duraria dois anos e habilitaria o aluno a receber um certificado de Estudos Universitários Gerais. O objetivo seria dar mais base aos estudantes e, principalmente, adiar por algum tempo a decisão final sobre a profissão a seguir. "O ciclo básico não forçaria uma especialização prematura, de universitários de 17, 18 anos, que, se desistem hoje da área que escolheram, perdem toda uma formação inicial", explicou o secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad, na apresentação da proposta, em junho. Mais vagas A reforma proposta pelo MEC prevê ainda a criação de cerca de 500 mil vagas em universidades federais nos próximos quatro anos, a maioria no período noturno. Prevê ainda um pacote de medidas de auxílio aos estudantes de baixa renda e a criação de um "primeiro emprego acadêmico". Em troca de uma bolsa, o aluno carente seria selecionado para trabalhar na instituição onde estuda. Para conseguir recursos destinados a esses universitários, o ministério está estudando uma nova loteria da educação com a Caixa Econômica Federal.

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