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<!-- emercado -->Cai a inadimplência em escolas particulares paulistas

Por Agencia Estado
Atualização:

O índice de inadimplência nas escolas particulares paulistas diminuiu, segundo dados apresentados pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp). O percentual médio mensal de contas não pagas até julho foi de 7,4%, com um acumulado de 11,3% de janeiro a agosto. No ano passado, a média mensal de inadimplentes foi de 10,8% e o acumulado no ano chegou a 19%. Segundo o presidente do sindicato, José Augusto de Mattos Lourenço, os índices ainda são ligeiramente piores do que em 2002, quando a inadimplência estava em 7% no mês, com acumulado anual de 11%. "Mas a tendência é de um 2004 melhor em relação ao ano anterior", disse ele, depois de participar de um evento em Sorocaba. Lourenço acredita que o resultado se deve a uma melhora da economia, e que a inadimplência pode ter uma redução ainda maior no resto do ano se o cenário positivo se mantiver. Anuidade menor O quadro também pode se refletir de forma favorável na fixação das anuidades das escolas particulares para 2005, acredita Lourenço. Segundo ele, as análises da maioria dos especialistas econômicos projetam uma queda da inflação no segundo semestre. "Automaticamente, essa queda vai repercutir nos índices de aumento dos salários dos funcionários e professores no ano que vem, podendo haver uma redução de custos." O presidente do sindicato lembra que a folha de pagamento absorve de 60% a 70% da receita das escolas. "Com uma inflação menor, o aumento das anuidades do ano que vem deverá ocorrer em índices inferiores aos de 2004." Mais alunos O sindicato já detectou outro efeito positivo da boa fase econômica: um crescimento, embora ainda pequeno, no número de alunos na escola particular. Lourenço atribui o fato a uma ligeira recuperação do poder de consumo da classe média, a principal cliente das escolas particulares e, também, a que mais sofre os efeitos das turbulências econômicas. "Essa faixa da população perdeu 30% do poder de compra nos últimos anos." O efeito, segundo ele, foi uma forte migração interna da clientela, pois os pais buscaram uma escola particular cujos custos coubessem no seu orçamento. Houve um crescimento no número de vagas de 118%, enquanto o crescimento no número de alunos foi de apenas 17%. "Melhorando o nível de emprego e da economia, com tendência de queda inflacionária, o crescimento da escola particular é natural e é isso que estamos esperando." O Sieeesp representa mais de 10 mil escolas de educação infantil, ensino fundamental, médio e técnico do Estado.

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