Em carta oficial, reitor da USP lamenta situação do câmpus Leste

Pela primeira vez, ,Marco Antonio Zago comentou a situação em comunicado oficial aos professores, alunos e funcionários da unidade

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Por Marina Azaredo e Victor Vieira
Atualização:

O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, divulgou nesta terça-feira, 1º, uma carta aos alunos, professores e funcionários da unidade da zona leste da instituição e garantiu que está se dedicando para resolver os problemas ambientais do câmpus. É a primeira vez que o reitor se dirige diretamente à comunidade desde que assumiu o cargo, em janeiro deste ano. “Desde que fui empossado como reitor, há dois meses, venho trabalhando para atender às exigências técnicas e legais e, dessa maneira, garantir o retorno com segurança ao câmpus, único local onde é possível desenvolver, na plenitude, as atividades de ensino, pesquisa, cultura e extensão da Each [Escola de Artes, Ciências e Humanidades, o câmpus Leste] e do novo curso da Escola Politécnica”, escreveu. Ele ainda afirma que a universidade não vinha dando atenção ao caso. “Estou certo de que a universidade não deu a devida atenção às várias advertências encaminhadas pela Cetesb [Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental] e deixou de tomar as providências que poderiam ter evitado essa situação que hoje enfrentamos”, diz. Por fim, Zago garante que vai trabalhar para que a comunidade possa voltar integralmente ao câmpus.

Na semana passada, um grupo de professores, alunos e funcionários ainda acionaram Tribunal de Contas do Estado e o Conselho Estadual da Educação para apurar os problemas da USP Leste. Câmpus provisório. As aulas da USP Leste tiveram início nessa segunda-feira, 31 em salas da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e de uma Fatec, ambas na zona leste, e no câmpus Butantã, na zona oeste. Alunos reclamam da falta de infraestrutura, já que não há laboratórios nem bandejão, e da distância do câmpus do Butantã. Como forma de protesto, pretendem fazer um sopão em frente à Unicid na próxima sexta-feira. Em reunião nesta semana na Cetesb, segundo relatos de professores, o Ministério Público Estadual se mostrou pouco propenso a desbloquear o câmpus e cobra da USP mais análises ambientais do terreno.

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