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<!-- eestatísticas -->Exame da Ordem tem recorde de reprovações

Por Agencia Estado
Atualização:

O exame promovido pela seção da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), no mês de abril, obteve o índice mais baixo de aprovados de toda a sua história. Segundo dados divulgados pela organização na quinta-feira, apenas 2.878 dos 21.774 bacharéis inscritos passaram para a segunda fase. O número representou 13,21% de aprovações e ficou bem abaixo da média, entre 30% e 20%, dos exames anteriores. Na opinião do presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, esse resultado caracteriza a má qualidade dos cursos de Direito e a proliferação de cursos jurídicos sem condições mínimas de funcionamento, colocando no mercado "profissionais despreparados", que irão refletir, ainda mais, as deficiências da Justiça brasileira. Segundo Borges D´Urso, os resultados do último exame refletem o quadro da massificação do ensino superior, sem qualidade. Atualmente, são quase 800 cursos de Direito em funcionamento no País, contra 69 em 1960. Ele chamou a atenção ainda para o fato de que, embora o País tenha mais de 760 faculdades de Direito em funcionamento, ainda há uma fila de outras 300 instituições à espera de aprovação. "A distribuição dessas instituições é inadequada e desproporcional, pois a maioria se concentra em poucos Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde há excesso de vagas; enquanto Estados do Norte e Nordeste têm carência", afirmou, em comunicado à imprensa, o presidente da organização. "Nos últimos três anos, contra todos os argumentos da OAB, que emitiu parecer positivo para a criação de apenas 19 novos cursos de Direito, o Conselho Nacional de Educação autorizou a abertura de 222 cursos", lamentou.

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