<!-- eestatísticas -->Europa tenta evitar "apagão" escolar

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Por Agencia Estado
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Três entre dez professores de educação fundamental e média nas escolas públicas européias têm 50 anos de idade ou mais e, portanto, estão prestes a se aposentar sem que haja número suficiente de novos profissionais prontos para substituí-los. Além disso, grande parte dos professores na ativa apresenta qualificação insuficiente, segundo relatório que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentará nesta quinta-feira em Dublin, na Irlanda, em reunião de ministros de Educação. O documento alerta que é maior o risco de faltarem professores capacitados em áreas como ciências, matemática, ciências da computação, tecnologia e línguas estrangeiras, consideradas fundamentais para a formação de mão-de-obra para a economia do conhecimento. Alemanha e Itália "É preciso repensar o modo como as escolas e o ensino estão organizados atualmente", advertem os coordenadores do encontro de ministros, que vai durar dois dias. O estudo abrange todos os 30 países-membros da organização - na maioria, desenvolvidos -, o que inclui também nações não-européias. Mas é a Europa que vive situação mais grave: Alemanha e Itália são os países com maior número de professores prestes a se aposentar, seguidos de Suécia, Holanda, Noruega e Finlândia. Em países como México, Portugal, Noruega e Suécia, pelo menos 20% dos professores que atuam no equivalente ao Ensino Médio não têm as qualificações necessárias para desempenhar sua tarefa. Desvalorização A desvalorização relativa dos salários dos professores também contribuiu para a queda na sua qualificação ou para a procura de empregos melhor remunerados fora da escola pública. Conforme o relatório, em 14 dos 19 países analisados neste quesito, entre 1994 e 2001 o salário de professores das séries mais avançadas do ensino fundamental, com experiência profissional de 15 anos, cresceu bem menos do que o PIB per capita. A fuga de professores foi mais intensa nas áreas de ciência e tecnologia, matemática e línguas. A OCDE recomenda que os ministros procurem soluções para remunerar melhor seus professores e, além disso, estabeleçam políticas de valorização. "Os governos precisam tomar medidas para melhorar o reconhecimento do professor e sua satisfação profissional", dizem os coordenadores do encontro.

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