<!-- eestatísticas -->Brasil tem 3,9 milhões de universitários

Somente 9% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos estão no ensino superior, segundo o Inep

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Por Agencia Estado
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O Brasil tem hoje 3,9 milhões de estudantes no ensino superior, distribuídos por 1.859 instituições e 16.453 cursos. Apenas 9% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos estão na universidade. Os dados são do Censo do Ensino Superior 2003, divulgado nesta quarta-feira pelo ministro da Educação, Tarso Genro, e pelo presidente do Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação (Inep), Eliezer Pacheco. As instituições de ensino superior ofereceram 2 milhões de vagas em 2003, número maior que o de formados no ensino médio, que totalizaram 1,9 milhão, mas inferior aos 4,9 milhões de pessoas que tentaram entrar na universidade. Longe da meta Os números indicam que as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2000, dificilmente serão alcançadas. O PNE prevê que o Brasil deverá ter 30% dos seus jovens daquela faixa etária no ensino superior em 2010. O PNE prevê também que 40% das vagas deverão ser de instituições públicas. Segundo os do Censo Escolar, o sistema privado responde hoje por 71,8% das vagas oferecidas no ensino superior. Menos vagas públicas Em vez de aumentar, a participação pública nas vagas de ensino superior vem diminuindo. Apesar de ter crescido 8,1% em matrículas em 2003 - o maior nos últimos três anos -, o sistema público ainda não conseguiu acompanhar o aumento das particulares, de quase 15%. Em apenas um ano, a participação das instituições privadas cresceu praticamente 2 pontos percentuais, passando de 69,7% para 71,8% do total de vagas. A taxa de matrícula, uma das mais baixas da América Latina, evoluiu pouco nos últimos três anos. Dez maiores Atualmente, entre as dez maiores instituições de ensino superior do País não há uma única universidade federal. Entre as públicas, aparece em terceiro lugar a Universidade de São Paulo (USP), com 44.200 alunos - enquanto a primeira colocada, a particular Estácio de Sá, tem 100.600 matrículas. Na 7.ª e 8.ª posições, respectivamente, aparecem as estaduais do Piauí e de Goiás. As demais são todas privadas. Investimento "Dificilmente conseguiremos atingir a meta se continuarmos nesse ritmo. É preciso mais investimento público", disse o presidente do Inep. O texto original do PNE previa, também, que o investimento nacional em educação deveria chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Hoje, o indicador está em torno de 4%. Concentração diurna Uma das dificuldades do setor público para chegar a quem não pode pagar é a excessiva concentração das vagas estatais no período diurno: 64,2% das matrículas das instituições gratuitas são para cursos durante o dia. Nas privadas, é o contrário: 67,7 % das vagas são noturnas. "Esse dado revela uma grande distorção do sistema. Com as vagas públicas sendo basicamente diurnas, o acesso de quem precisa trabalhar fica difícil", disse o ministro da Educação, Tarso Genro. Federais à noite De acordo com ele, entre as mudanças de financiamento que devem ser feitas para as universidades federais estará uma forma de incentivo à abertura de mais cursos noturnos. De acordo com Ristoff, o gasto atual do ministério com o Financiamento Estudantil (antigo crédito educativo), cerca de R$ 1 bilhão por ano, permitiria a criação imediata de 90 mil vagas noturnas nas instituições públicas, sendo 60 mil nas federais e outras 30 mil nas estaduais.  acesse o Censo da Educação Superior 2003      mais estatísticas de educação

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