<!-- eestatísticas -->Aprendizado melhora, mas continua abaixo do mínimo

Saeb 2003 mostra pequena melhora na performance dos alunos. Mas apenas 6% saem da escola sabendo o que precisam em português

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Por Agencia Estado
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Depois de três anos em queda progressiva, os resultados do Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb) mostram uma pequena tendência de melhora nas provas feitas pelos estudantes. Comemorada pelo Ministério da Educação, a mudança revela, na verdade, que a escola brasileira ainda não consegue ensinar além do mínimo. Nem mesmo os alunos de colégios particulares chegam, na maior parte dos Estados, a atingir a média considerada adequada para as séries avaliadas. Resultados Os resultados mostraram, por exemplo, que apenas 6% dos estudantes terminam os 11 anos de escola com conhecimentos adequados em português para a série em que estão. Em matemática, são 7%. Na 4.ª série do ensino fundamental, 55,4% dos alunos que fizeram a prova conseguem entender frases simples, mas não textos completos. Na última prova, em 2001, a quantidade de estudantes nessa situação era um pouco maior, 59%. Em matemática, 51,6% dos alunos estão dentro do que o MEC qualifica como nível muito crítico ou crítico de aprendizado - estão longe de saber o que deveriam. Pequena melhora Foi em português, na 4.ª série, que a pequena melhora na média dos estudantes levou o MEC a ver sinais positivos no horizonte. Em 2001, os alunos dessa série fizeram 165,1 pontos. Na prova de 2003, chegaram a 169,4 pontos. Apesar da diferença positiva, os resultados ainda são 19 pontos inferiores aos de 1995, quando foi feito o primeiro Saeb, e quase 30 abaixo do que o MEC considera adequado para a série - 200 pontos. Nas demais séries, também há uma melhoria nas médias - com exceção de português na 8.ª série -, mas são tão pequenas que o próprio MEC as considera como estabilização. Menos alunos novos "Claro que ainda está muito longe do que deveria, mas as médias mostram uma inversão da tendência de queda, o que é positivo", avaliou Eliezer Pacheco, presidente do Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação (Inep). As causas dessa reversão seriam, segundo ele, fruto da adequação das redes de ensino que Estados e municípios estão fazendo e também pelo fato de a inclusão de novos alunos, muito forte nos anos anteriores, ter se reduzido. leia também   Escola particular também ensina mal, revela Saeb

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