Editor inglês defende avaliação internacional de universidades

Ele convidou instituições brasileiras a trabalhar para construir um sistema de avaliação mais justo para o ensino superior no Brasil

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Por com informações do MEC
Atualização:

O jornalista britânico Phil Baty, editor da Times Higher Education (THE), revista dedicada à classificação de universidades, defendeu o sistema usado pela publicação para avaliar instituições de educação superior em diversos países. Ele também convidou as instituições brasileiras de ensino a trabalhar em conjunto com a revista na construção de um sistema de avaliação mais justo para o ensino superior no Brasil. Todos os anos, a THE divulga a classificação das 100 melhores universidades do planeta, em parceria com a companhia Thomson Reuters. Baty chegou a Brasília na terça-feira, 17, a convite do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), para fazer palestra no Ministério da Educação. Ao defender a classificação da revista, Baty disse que o sistema de avaliação pode influenciar a vida das universidades para melhor, com atuação em diferentes áreas. No caso das próprias instituições, ele observou que os rankings servem como selo de qualidade formal nos países onde inexistem medidas de avaliação. Para os alunos, o jornalista salienta que a classificação impulsiona as instituições a melhorar as experiências de aprendizagem. “Para os professores, ela incentiva a colaboração, as parcerias, os programas compartilhados”, observou. Depois da criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e com a intensificação das ações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) na avaliação dos programas de pós-graduação, as universidades brasileiras buscam cada vez mais a melhoria em seus indicadores de qualidade. As que estão mais bem classificadas na listagem da THE 2011/2012,  são a USP (178ª) e a Unicamp (294ª). Segundo o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, a ideia da classificação de instituições de ensino é polêmica, mas os desafios da internacionalização obrigam as universidades brasileiras a discutir os sistemas de avaliação internacional: “Não temos que quebrar o termômetro. O que devemos fazer é melhorar nossa avaliação.” Costa lembrou que a expansão das universidades, a partir de 2002 – quando o Brasil saltou de apenas 300 mil formados por ano para mais de 1 milhão, em 2012 – oferece desafios adicionais para o governo e para as próprias instituições. Ele observou que, de um total de 2.389, só 250 são universidades. “Queremos dar passos que apontem para a internacionalização, uma tendência mundial”, afirmou o presidente do Inep. A palestra foi ministrada a reitores de universidades, pró-reitores e representantes de entidades ligadas à educação superior no país.

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