Economista vence eleição para reitor da UFRJ

Aloísio Teixeira ficou com 63% dos votos. Durante a semana, o resultado deve ser confirmado pelo ministro da Educação, Cristovam Buarque

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Por Agencia Estado
Atualização:

O professor de Economia Aloísio Teixeira venceu a eleição para reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com 63% dos votos. Na próxima quinta-feira, o colegiado da universidade se reunirá para homologar o resultado e enviá-lo ao ministro da Educação, Cristovam Buarque. Apesar de poder escolher o novo reitor dentre os três candidatos mais votados, Buarque deverá nomear o vencedor, conforme compromisso assumido anteriormente. "Ele declarou isso e há expectativa de que eu seja nomeado, mas é o ministro quem vai decidir", disse Teixeira. O principal adversário na eleição, Sérgio Fracalanza, que depois da ida do economista Carlos Lessa para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a ocupar o cargo de reitor, teve 31% dos votos e o outro candidato, Luiz Eduardo Potsch, 2%. O restante dos votos foi branco ou nulo. Teixeira argumenta que a UFRJ enfrenta "enormes problemas" de falta de recursos, segurança e infra-estrutura, que vão ser enfrentados na sua administração. Mas destaca que um dos maiores desafios será combater o que chama de "cultura de fragmentação", gerada pelo fato de que a UFRJ está dividida em diversas unidades espalhadas pela cidade. "As unidades se consideram proprietárias do espaço e não funcionam integradas", diz. O candidato mais votado considera que a falta de verbas tem solução desde que se executem planos já traçados por outras administrações e em comum acordo com o governo federal. "O orçamento de custeio, de R$ 35 milhões, é insuficiente, já que só a conta de energia elétrica chega a R$ 17 milhões", citou Teixeira. "Mas a universidade tem um patrimônio imenso e valioso, que não lhe rende nada. Podemos aproveitar imóveis até em benefício das próprias atividades desenvolvidas pela diversas unidades", completou. Se o ministro da Educação cumprir a promessa, Teixeira poderá por em prática suas idéias, ao contrário do que aconteceu em 1998. Naquele ano, ele foi o mais votado dos três candidatos, mas o então titular do MEC, Paulo Renato, escolheu como reitor José Henrique Vilhena, o que havia tido o menor número de votos. Dessa vez, Buarque, que manteve-se neutro durante toda a campanha, prometeu que a vontade das urnas será respeitada.

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