<!-- ecarreira -->Cinco áreas estratégicas apontam o futuro de algumas profissões

Comissão interministerial sonda necessidades do País em áreas que demandarão mais profissionais

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Por Agencia Estado
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Quem busca uma carreira promissora, útil para o País, com alta demanda por profissionais e ? provavelmente ? boas ofertas de trabalho no futuro, precisa olhar com atenção para cinco grandes áreas: 1) biotecnologia e engenharia genética, 2) engenharia de software e hardware, 3) semicondutores, 4) relações internacionais e 5) petroquímica. São áreas estratégicas, nas quais o Brasil terá de investir nos próximos anos se quiser ter cérebros e braços para competir no mercado global. Com ou sem aperto fiscal, tem de haver investimentos nessas áreas, onde a falta de competência significa prejuízo, como o déficit de US$ 7 bilhões/ano na balança comercial de componentes eletrônicos. Essas não são as únicas áreas que demandarão profissionais, mas certamente constarão do Plano Nacional de Pós-Graduação, documento que está sendo preparado por uma comissão interministerial para orientar a abertura de novos cursos de graduação e a atualização de currículos. O documento estará em 2004 nas mãos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no topo da cadeia educativa brasileira, onde serão propostos programas de pesquisa e formação de professores que, em seguida, chegarão às universidades para formar os profissionais necessários. Trata-se de um trabalho complexo. Envolve desde o setor produtivo, que ?avisa? sobre a falta de pessoal capacitado para determinadas funções, até assessores de estratégica do governo federal, passando pelas universidades, onde professores e estudantes são sondados. ?O mapeamento tem de ser feito de forma serena e constante, ouvido os meios acadêmicos?, lembra Marcel Bursztyn, presidente da Capes. Biotecnologia e engenharia genética Mas há impressões muito claras sobre essas cinco áreas. "A área de biotecnologia e engenharia genética é fundamental, porque precisamos enfrentar a biopirataria e ter competência para criar produtos na Amazônia?, exemplifica o secretário-executivo da comissão interministerial, Sandoval Carneiro Jr. Aí entram os futuros biólogos, bioquímicos e profissionais de farmacologia, etc. Ligado a essa área está o agribusiness, setor que sustenta a balança comercial brasileira graças à produtividade conquistada com pesquisas da Embrapa. Também especialistas em meio ambiente terão de atuar no setor, para garantir produção sem devastação e impactos sociais negativos. Softwares, semicondutores e petroquímica Na área de software e hardware, assim como em semicondutores, o Brasil precisa de cérebros para pesquisa e produção. ?Temos uma boa produção em software, mas precisamos continuar?, observa ele. ?A nanotecnologia será importante para desenvolver novos materiais para semicondutores.? Na petroquímica, a liderança mundial da Petrobrás na exploração em águas profundas também não permite folgas. ?É preciso investir e formar profissionais?, adverte. Relações internacionais Em relações internacionais, lembra Carneiro, serão necessários profissionais capazes de trabalhar em negociações complicadas, vinculadas a regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e influenciadas por disputas como a da criação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca). ?Os profissionais terão de ter conhecimento de direito internacional, cenários políticos, etc.? Áreas como petroquímica e relações internacionais já foram descobertas pelos estudantes. Na UFRJ, Engenharia de Petróleo já é o segundo curso mais concorrido e, na Unesp, Relações Internacionais esteve no topo da preferência no vestibular de julho. Outras, como a de meio ambiente, ainda não deslancharam, apesar de haver campo fértil. Fundações ? ligadas ou não a empresas ? e outras ONGs das áreas ambiental e social criaram 340 mil empregos de 1991 a 95, segundo o Instituto Ethos. Apostar nessas atividades não garante sucesso profissional e satisfação pessoal, mas a chance é muito grande para quem quer começar já. leia também Fazer pesquisa é muito gratificante", diz geneticista

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