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Duas escolas técnicas suspendem greve

Por Agencia Estado
Atualização:

Os professores das escolas técnicas de Mogi das Cruzes e de Americana (SP) decidiram voltar às aulas. Trata-se do primeiro recuo na greve que paralisa Escolas Técnicas e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo desde meados de fevereiro. A principal reivindicação é aumento salarial de 72,2%. O não pagamento dos dias parados teria sido um fator importante na decisão dos professores de Mogi das Cruzes, enquanto os de Americana teriam optado retornar às aulas para não prejudicar o ano letivo dos alunos. Campinas Em Campinas, os professores da escola técnica Bento Quirino continuam em greve, apesar da decisão da juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 14.ª Vara da Fazenda, que obrigou o governo estadual a providenciar o reinício das aulas na segunda-feira passada. Com a recusa dos professores, o governo foi multado em R$ 10 mil pelo segundo dia consecutivo. A advogada Maria Odette Pregnolatto, autora da ação que pede o reinício das aulas, entregou na terça-feira à juíza um comunicado oficial sobre o descumprimento da ordem judicial. O governo informou que avalia recurso contra a decisão da juíza. Assembléia Em assembléia na noite de terça, em São Paulo, cerca de 200 professores e diretores decidiram manter a greve. "O governo nem sequer deu uma resposta ou conversou com a gente", disse o professor Marcelo Capuano. Na reunião, os diretores lançaram uma moção de apoio à greve e se puseram à disposição do governo para negociar a reposição de dias parados e a questão salarial. A próxima assembléia será no dia 6. Na quinta-feira, às 15h00, haverá ato na Assembléia Legislativa. Na noite de terça, alunos fizeram manifestação, interrompendo a Avenida Tiradentes. Reivindicações São 17 as Faculdades de Tecnologia no Estado e 105 as Escolas Técnicas. Não há dados precisos sobre quantas e quais unidades estão sem aulas. Os professores e funcionários reivindicam reajuste salarial de 72,2% e aumento do repasse do ICMS para as Fatec - atualmente é de menos de 1% e os grevistas querem 2,1%. Hoje os professores recebem entre R$ 6 e R$ 13 por hora/aula. Os dois últimos reajustes foram concedidos em 1998 e 2002 - respectivamente de 10% e 5%.

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