22 de março de 2022 | 21h29
O Estado de São Paulo pretende estender a carga horária de 950 escolas de ensino regular para o modelo de tempo integral até o fim de 2023. O anúncio foi feito pelo governador do Estado, João Doria (PSDB), junto com o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, nesta terça-feira, 22. Não foi informado o valor necessário para implantar o projeto.
De acordo com a Secretaria da Educação do Estado, parte da folha será paga com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Outra parte será de recursos da própria pasta.
Permanência de Milton Ribeiro no governo está ameaçada após revelação de gabinete paralelo no MEC
No total, já funcionam em São Paulo 2.050 instituições em horário estendido. A expectativa é de ampliar em 100 unidades ainda este ano, e 850 no próximo. Ao fim da expansão, o Programa de Ensino Integral (PEI) quer atender a 494 municípios, o equivalente a 76,5% das cidades do Estado.
“Se nós conseguimos sair de 364 escolas para 2.050 escolas de tempo integral em menos de três anos, é possível fazer quando se quer fazer”, projeta Doria.
Atualmente, o PEI tem dois formatos: de 7 horas e de 9 horas. No primeiro, as escolas oferecem dois turnos – das 7h às 14h e das 14h15 às 21h15. No segundo, as aulas ocorrem entre 7h e 16h.
Em relação às matrículas, neste ano há cerca de 838 mil registros em tempo integral do total de 3,5 milhões de estudantes – aproximadamente 24%. Com a expansão da modalidade, a Secretaria da Educação calcula mais de 1,4 milhões de vagas para o próximo ano neste formato, para chegar assim a 40% do alunado sob horário estendido na escola.
Para Rossieli, o modelo do PEI permite oferecer à comunidade escolar formação humana mais completa dos estudantes. O secretário cita, por exemplo, a possibilidade de garantir as refeições das crianças e adolescentes como uma ajuda às famílias. “Aumentar o número de escolas é importante, mas manter o nível de excelência é um objetivo constante”, resumiu Rossieli.
Conforme a secretaria, ainda não há definição de quais escolas serão contempladas. Este momento é dedicado à apresentação do projeto, e o início do diálogo entre a comunidade escolar e as diretorias de ensino. A prioridade é de unidades maiores.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.