Dois setores da USP não retomam atividades nesta segunda-feira

Funcionários da Prefeitura da universidade e da Superintendência de Espaço Físico discordam de 'imposição' sobre reposição de horas

PUBLICIDADE

Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:

SÃO PAULO - Funcionários de dois setores da Universidade de São Paulo (USP) ainda não retomaram o trabalho nesta segunda-feira, 22, após o fim da greve. Funcionários da Prefeitura da USP e da Superintendência de Espaço Físico (SEF) cruzaram os braços em protesto à "falta de diálogo" sobre a reposição de horas determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) na última semana. Segundo os trabalhadores, os dois setores somam cerca de 400 pessoas - cerca de 2% dos 17.404 servidores administrativos da instituição.

PUBLICIDADE

Em ambos os casos, a reivindicação dos servidores é de que não houve diálogo sobre como as horas deverão ser repostas e que foi "imposto" a eles que cumpram 70 horas extras - teto determinado em audiência de conciliação do TRT-2.

O Tribunal sugeriu que, para resolver o último dos impasses para o fim da paralisação, cada unidade deveria discutir como recuperar o trabalho acumulado. A única regra determinada era que o trabalhador não fizesse mais de uma hora extra por dia e que o máximo de reposição chegasse a 70 horas até o final do ano. 

De acordo com Claudionor Brandão, que é um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), não houve diálogo com os dirigentes das unidades. "A SEF ignorou a parte do acordo que fala sobre negociação entre as partes. Querem que o pessoal compense sem negociar nada", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.