
31 de janeiro de 2020 | 09h00
SÃO PAULO - Apesar de ter sido classificado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, como "o melhor Enem da história", a última edição da prova foi marcada por uma série de falhas desde a sua aplicação. Com a divulgação dos resultados do exame, diversos problemas foram evidenciados e questionados pela Justiça.
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Vazamento
No primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no dia 3 de novembro de 2019, houve o vazamento da proposta de redação poucos minutos após o início da prova. O ministério confirmou que a foto tirada era real, mas assegurou que o vazamento não prejudicou o andamento do exame.
Falha na correção
Logo que foi divulgado o resultado individual dos candidatos no Enem, candidatos suspeitaram que suas notas estavam incorretas. Alertado pelos estudantes, o ministério confirmou a falha no dia seguinte. Dois dias depois, a pasta informou que o erro na correção ocorreu na gráfica e afetou 5.974 candidatos, que tiveram as provas corrigidas com gabarito de prova diferente da que fizeram.
Instabilidade
Após a recorreção das provas, o MEC decidiu abrir as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Os estudantes relataram uma série de dificuldades para acessar o sistema por causa de instabilidades e lentidão no portal.
Vazamento da lista
Barrada pela Justiça Federal em São Paulo, a divulgação da lista de aprovados do Sisu vazou nas redes sociais na manhã de terça-feira, 28. O MEC confirmou o vazamento, mas disse que não se tratava do "resultado oficial". O ministério não informou o que provocou o problema e se apurava responsabilidade do vazamento.
Lista de espera
Após uma decisão judicial favorável ao governo, a lista de aprovados do Sisu foi divulgada na noite de terça-feira, 28. Horas depois, os candidatos relatavam ter encontrado falhas para acessar a lista de espera. Eles disseram ter sido inscritos em uma segunda opção de curso diferente da que escolheram.
Deficientes
O Ministério Público Federal (MPF) diz ter encontrado indícios de falha na oferta de vagas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) destinadas a candidatos com deficiência física. A Procuradoria diz ter encontrado "número expressivo de cursos em todo o País que tiveram vagas reservadas em número inferior ao percentual de sua população com deficiência, como determina a lei, ou que não tiveram nenhuma vaga reservada". O Ministério da Educação (MEC) tem um prazo de cinco dias úteis para explicar como calculou as cotas e se houve algum erro.
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