Diplomas fajutos para altos funcionários dos EUA

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Por Agencia Estado
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Alarmados com a facilidade de obtenção de diplomas, inclusive pela internet, o Congresso dos EUA resolveu investigar um pouco e concluiu: 28 funcionários de alto escalão do governo federal - mesmo em áreas de segurança nuclear - têm diplomas universitários falsos, que os ajudaram a subir na carreira. Um comitê do Congresso apurou que a farsa pode ter um número ainda maior de envolvidos. A investigação concluiu que funcionários públicos estariam comprando diplomas de escolas de reputação duvidosa, muitas vezes, com dinheiro fornecido pelo próprio governo. De acordo com a BBC Brasil, um dos falsos graduados, que ocupa um cargo de alta responsabilidade na Administração Nacional de Segurança Nuclear, afirmou aos investigadores que pagou o equivalente a R$ 15,4 mil por seu diploma, qualificando a tramóia como "uma piada". Fábricas de diplomas Segundo a senadora Susan Collins, presidente do Comitê de Assuntos do Governo, em uma análise de currículos de 450 mil funcionários públicos, mais de 1.200 haviam incluído cursos acadêmicos obtidos através de 14 instituições de reputação duvidosa, as chamadas fábricas de diplomas. Em dezenas de casos, Washington pagou as matrículas e cursos para seus funcionários. O governo americano costuma fornecer financiamento para os seus trabalhadores continuarem estudando, mas uma lei prevê que o dinheiro só seja usado em escolas que dispõem de reconhecimento oficial. O senador Daniel Akaka declarou que as fábricas de diplomas representam um negócio de US$ 500 milhões por ano nos Estados Unidos, e que esse tipo de ensino "é uma ameaça a integridade do nosso sistema educativo". Falsa Columbia University O Congresso americano definiu as fábricas de diplomas como um negócio que vende graduações acadêmicas falsas com base na experiência pessoal dos interessados, fixam os preços dos diplomas proporcionalmente e exigem muito pouco ou nenhum trabalho acadêmico dos interessados. As escolas que oferecem os diplomas falsos utilizam nomenclaturas parecidas com as de instituições tradicionais. Exemplo: a Columbia State University (confundida com a renomada Columbia University), incluiu em sua listas de exigências para obtenção de um diploma acadêmico itens como passeios a cavalo, jogos de golfe e preparação de arranjos florais.

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