Os advogados de defesa de Geisy Arruda protocolaram ontem um processo de indenização por danos morais contra a Universidade Bandeirante (Uniban). Eles pedem R$ 1 milhão. A estudante foi ameaçada pelos colegas em outubro, no câmpus de São Bernardo do Campo, por usar um vestido curto. Veja também: Em depoimento, Geisy relembra assédio em universidade A vizinhança nada conservadora da Uniban Você concorda com a postura da Uniban no caso Geisy? "Se pedíssemos R$ 20 mil ou 30 mil, esse dinheiro nem faria cócegas no bolso da instituição, que não aprenderia com esse processo deplorável", disse o advogado Nehemias Domingos de Melo. O processo foi protocolado na 9ª Vara Cível de São Bernardo. Melo destacou que Geisy não voltou às aulas por "falta de segurança e interesse da instituição" e que teve negado o abono das faltas. "Provavelmente a Geisy perderá o ano letivo. Tive de entrar com uma medida de urgência, pedindo que um juiz autorize que ela faça as provas, em caráter especial, em janeiro, além de conceder o abono das faltas." O advogado da Uniban para o caso, Vicente Cascione, afirma que o valor pedido é "hilariante". "Acho que ela planejou isso tudo desde o começo, ainda mais agora que virou celebridade." Quanto às faltas, ele afirma que não serão abonadas. "A universidade não tem culpa se ela faltou. Ela escolheu perder o ano por falta." Na próxima segunda-feira, os seguranças da Uniban serão ouvidos na 2ª Delegacia de Proteção à Mulher de São Bernardo. A defesa de Geisy afirma que um deles repreendeu a aluna em meio ao tumulto.