19 de setembro de 2011 | 14h07
TRÊS PERGUNTAS PARA...
Marcelo Cuellar, headhunter da consultoria Michael Page
1. O que você achou da decisão de acabar com o credenciamento especial?
Surpreendeu-me ver uma instituição como a Fundação Dom Cabral perder essa chancela, porque a escola é reconhecida mundialmente pelo seu quadro de professores e suas linhas de pesquisa. Enquanto isso, há uma infinidade de outros cursos de especialização que não deveria funcionar. A oferta de pós-graduação no País está banalizada.
2. Como reverter esse quadro?
O MEC deveria rever quais instituições podem manter cursos de pós. Muitos não têm qualidade. Não deveria funcionar na base do "se é uma instituição de ensino superior, seus cursos são reconhecidos". É preciso resguardar o futuro do País.
3. O executivo que fizer pós em instituição que perdeu o reconhecimento do MEC vai ficar para trás num processo seletivo?
O que conta é a qualidade do curso, não se ele é credenciado pelo MEC. Isso não faz diferença no dia a dia do trabalho do executivo. Mas precisamos de informações confiáveis para saber se determinada especialização é boa ou não. Empresas estrangeiras, por exemplo, perguntam qual o órgão governamental responsável pela educação no Brasil. Para elas, o carimbo do governo no diploma tem valor. Então por que o MEC não ajuda o mercado a saber quais são os melhores?
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