Decisão de expulsar Geisy Arruda será apurada pelo MPF

Promotoria irá investigar se aluna teve direito a defesa e se universidade agiu de forma discriminatória

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo instaurou na segunda-feira, 9, um inquérito civil público para apurar as circunstâncias que levaram a Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) a expulsar a aluna Geisy Arruda do curso de turismo do campus São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista. No último dia 22 de outubro, a estudante foi hostilizada e xingada por um grande número de estudantes da universidade por estar usando um vestido curto.

 

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De acordo com o procurador regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jefferson Aparecido Dias, o objetivo é investigar se foi adotado o devido processo legal e respeitados os princípios do contraditório e da ampla defesa e, também, se a Uniban agiu de forma discriminadora. A medida também serve para assegurar o direito de defesa da estudante. Dias, que conduz a investigação, explicou que o inquérito foi instaurado depois que a mídia divulgou que a aluna acabou sendo expulsa da universidade sem poder se defender. "O que se espera de uma universidade é que ela tenha condições de formar cidadãos. No presente caso, é bastante preocupante a postura da Uniban, que pode indicar que ela não está preocupada com essa formação integral. Além disso, aparentemente, a vítima foi transformada em 'culpada' sem que tivesse a condição de expor a sua versão dos fatos", afirmou.

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