
24 de setembro de 2013 | 08h39
Leite sempre estudou em escola pública. Fez o ensino médio na Escola Estadual Doutor Carlos Augusto de Freitas Villalva Júnior, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo. “Não era o tipo de aluno inteligente, com Q.I. alto, mas me esforcei muito.”
Antes de ser aprovado em Farmácia, ele fez um ano de cursinho, no Objetivo. Ainda na primeira graduação, chegou a fazer estágios em grandes indústrias, como a farmacêutica Medley, mas descobriu que queria mudar de profissão para atender as pessoas que precisavam de ajuda. Ele conta que a irmã mais velha, médica formada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi uma das grandes inspirações para a mudança de carreira.
Nos três últimos anos do curso de Farmácia, Leite prestou vestibular para Medicina. No primeiro, sem estudar, passou para a segunda fase. No segundo, não passou por poucos pontos - ficou entre os 200 primeiros colocados.
“Aí tive certeza de que deixar de trabalhar para estudar para o vestibular valia a pena”, diz. No último ano, voltou para o cursinho e conquistou o primeiro lugar na graduação que almejava.
“Se eu não tivesse passado naquele ano, teria desistido, porque não ia ter coragem de ficar sem trabalhar por mais tempo”, explica.
Ele terminou a segunda graduação em 2012 e, neste ano, começou a residência em Oftalmologia no Hospital das Clínicas. No entanto, precisou trancá-la porque foi convocado para servir o Exército, como médico.
Para quem quer cursar Medicina, Leite aconselha: tem de estudar e acreditar que cada questão pode definir a entrada no curso. “É um sonho possível até mesmo para quem faz escola pública”, conta o médico.
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