Curso para alunos de Jornalismo põe em discussão problemas de SP

Repórter do Futuro, da Oboré, tem módulos temáticos que estimulam produção jornalística

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O aumento da procura por cursos livres "de bom nível" na área de comunicação foi um dos efeitos colaterais do fim da validade do diploma em Jornalismo. A avaliação é do jornalista Sergio Gomes, diretor da Oboré, empresa que atua com comunicação popular e organiza há 17 anos o projeto Repórter do Futuro. Trata-se de um curso de complementação universitária para alunos da graduação (não necessariamente de Jornalismo) que pretendem ser jornalistas profissionais.

 

PUBLICIDADE

O projeto tem módulos temáticos e encontros aos sábados, para não atrapalhar as atividades escolares. Os alunos assistem a palestras e simulam coletivas de imprensa. Precisam entregar um texto jornalístico até 72 horas depois das entrevistas.

 

A Oboré e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) definem os temas. "Levamos em conta a relevância política e cultural, sempre olhando para o mercado de trabalho que espera os jovens alunos", explica Gomes. A depender do assunto, outras instituições entram como parceiras.

 

Na quinta-feira, 12, será divulgada a lista de participantes do próximo módulo, "Descobrir a Amazônia - Descobrir-se Repórter", em parceria com o Instituto de Estudos Avançados da USP. Os organizadores vão selecionar 25 estudantes entre 203 inscritos de 33 faculdades. O curso começa no dia 28 de abril e termina em 16 de junho.

 

Inscrição

 

Quem estiver interessado em participar do Repórter do Futuro pode se inscrever no site da Oboré (www.obore.com.br). É preciso responder a questões como "Por que pretende fazer o curso" e "Você já escreveu alguma reportagem". Depois, o estudante é convocado para um "encontro de confraternização e seleção", quando poderá esclarecer dúvidas. Também deverá responder a um novo questionário.

 

Segundo Gomes, os critérios de seleção baseiam-se no interesse pelo tema, clareza na exposição de ideias e motivação. A banca examinadora (composta por no mínimo cinco pessoas) é formada por representantes da coordenação pedagógica e das instituições co-promotoras.

Publicidade

 

As coordenações dos principais cursos de Jornalismo de São Paulo apoiam a iniciativa: USP, Cásper Líbero, PUC, Mackenzie, Metodista, ESPM, entre outros.

 

São Paulo

 

Termina neste sábado, 14, a 5.ª edição do módulo "Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter", realizado em parceria com a Câmara Municipal de São Paulo. Os alunos vão receber os certificados de participação e após um debate de avaliação do curso.

 

O objetivo deste módulo é, segundo a Oboré, promover a investigação dos oito principais problemas da cidade de São Paulo: desenvolvimento sustentável; educação; emprego e renda (trabalho); habitação; meio ambiente, lixo e saneamento básico; saúde; segurança pública e violência; transporte e mobilidade.

 

Os estudantes participaram de entrevistas coletivas com especialistas, vereadores e jornalistas que "cobrem" a cidade. Para a aluna de Jornalismo da ECA-USP Marina Ribeiro, de 22 anos, o curso ampliou os horizontes profissionais e as fontes de informação. "Me tornei uma repórter mais dedicada e mais bem informada sobre os problemas à minha volta", diz. "E trabalhei em pautas sobre assuntos que não teria oportunidade de falar nem no estágio nem na faculdade." Leia neste link uma das matérias produzidas por Marina.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.