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Cursinho de idioma dentro do colégio

Empresas oferecem aulas extras no contraturno ou assumem ensino do currículo regular e até bilinguismo

Por Luciana Alvarez
Atualização:

Para estudar inglês na Cultura Inglesa, Wizard, Fisk, CCAA ou Cel.Lep não é mais necessário fazer aulas fora do colégio. Redes de ensino têm fechado parcerias com instituições da educação básica para oferecer cursos extras, assumir as aulas curriculares de inglês ou desenvolver programas bilíngues.

Rede 'The Kids Club' oferece aulas de idiomanas escolas Foto: Soraia Moura

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Fazer curso de idiomas dentro do colégio não é exatamente uma novidade. Faz 25 anos que a Cultura Inglesa firmou a primeira parceria com uma escola em Campinas. É como se a empresa abrisse uma “filial” dentro do colégio: no contraturno, optativo, pago à parte. “Hoje temos 40 escolas nesse modelo, mas oferecemos também o modelo intracurricular, no qual assumimos as aulas de inglês da grade da escola”, explica Anamaria Pelegrini, gerente de operações da rede.

Em 2020, a Cultura oferecerá também um programa bilíngue. “Nesse produto, o inglês não é o fim, é o meio. Vamos ensinar ciências, artes, música em inglês”, diz a gerente.

Demanda dos pais aumentou grade

A importância do inglês vem levando a transformações nas escolas particulares. O Centro Educacional Pioneiro começou com um programa mais robusto na grade, com mais aulas do que o exigido por lei. Atendendo à demanda dos pais, passou a oferecer um curso extra, no contraturno, três vezes por semana. Mas, percebendo que para algumas famílias ainda era pouco, desde o ano passado tem um programa bilíngue opcional. “São seis horas por semana, com aulas o tempo inteiro em inglês”, diz Selma Alfonsi, coordenadora de inglês e espanhol da escola.

Segundo Selma, há uma certa “febre” na demanda pelo bilinguismo, mas é preciso ter cuidado. “Vi escolas que da noite para o dia viraram bilíngues. O Pioneiro não pretende se tornar bilíngue. Não faz parte da identidade da instituição. Mas não podemos fechar os olhos para esse movimento.”

Sylvia de Moraes Barros, CEO da The Kids Club, uma rede que oferece inglês em colégios, também considera que há um certo modismo na busca pelo bilinguismo. “É chique estudar em escola bilíngue, mas, como não existe regulamentação, os pais podem estar comprando uma coisa e levando outra”, diz. Ela defende que a carga horária estendida do idioma traz ótimos resultados. “Em programas como o nosso, o aluno aprende muito. A vantagem é que atinge uma parcela de famílias que não poderia pagar por uma bilíngue.”

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A Edify é outra empresa que oferece um programa para ajudar colégios a terem um inglês forte. “As escolas precisam se adaptar à demanda dos pais, mas muitas não têm o conhecimento necessário para montar um programa de inglês reforçado”, diz Marina Dalbem, diretora da companhia.

Vantagens do modelo na escola

  • Reforço: Aprimora o conhecimento de inglês visto na grade 
  • Economia: O preço costuma ser menor do que um curso similar em escola de idiomas 
  • Proximidade: Otimiza o tempo do aluno ao evitar deslocamentos
  • Confiança: O estudante fica em um ambiente já conhecido, em que se sente seguro 
  • Interação: Os alunos estudam inglês com os amigos de escola, o que serve de incentivo

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