Cristovam defende proposta de imposto para universidade na Argentina

Outra idéia é estender o ensino do português na Argentina e do espanhol no Brasil por meio da internet ou programas de TV

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, disse hoje em Buenos Aires que o governo brasileiro está estudando formas de financiar a Educação. E apresentou uma das propostas, que tem como base idéia do padre Roque, do PT do Paraná: financiar as universidades públicas com a contribuição de estudantes formados, com boa situação salarial. A questão suscitou polêmica no Brasil durante a semana, por colocar em xeque a gratuidade das universidades públicas. Cristovam afirmou que o Brasil não deveria descartar a possibilidade de pedir empréstimo para a construção de universidades. "No passado, não pedimos empréstimos para construir Itaipu? Pois bem, poderíamos também pedir para construir novas Universidades". O ministro definiu-se como um "defensor da universidade gratuita" e explicou que pretendia que o debate sobre a proposta do padre Roque fosse retomada. Brincando, o ministro disse que o pagamento de pessoas já formadas "seria um dízimo...já que a Universidade é como um templo". Só as federais Uma das formas de financiamento, afirma, viria daquelas pessoas bem-sucedidas na vida que foram estudantes em uma Universidade. Os ex-alunos que tiverem uma renda acima de um valor determinado, na hora de fazer sua declaração de renda, poderiam pagar uma alíquota a mais para sua universidade. ?Isso seria aplicado basicamente para as Universidades Federais". Em Buenos Aires, Cristovam assinou um memorando de entendimento com o ministro da Educação da Argentina, Daniel Filmus, para desenvolver ações que consolidem o processo de integração entre os dois países. Uma das idéias é a de estender o ensino do português na Argentina e do espanhol no Brasil por meio da internet ou programas de TV. Cristovam sustentou que quem se transforma em ministro não pode deixar de ser militante. "Há uma tentação e pressão pelo acomodamento, de virar um gerente da educação, e não o promotor dela. Eu espero ser ministro e militante...até porque ministro a gente fica, militante a gente é".

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